A convergência do PIB per capita galego

De acordo ao Instituto Nacional de Estadística o PIB per capita da economia galega experimentou um importante processo de convergência com a média da economia do Estado Espanhol no que levamos de século. Se em 2000 foi 77,6% da média estatal, em 2020 alcançou 92%. Sem dúvida umha evoluçom positiva, mas sobre a que cumpre fazer algumhas aclaraçons. Como é sabido o PIB per capita é o resultado dum quociente, o PIB dividido entre o número de habitantes. Em consequência a convergência do quociente pode dever-se a que o numerador (PIB) na Galiza cresceu a um maior ritmo que no conjunto do Estado, ou bem a que o denominador (populaçom) cresceu menos. Pois bem, no período 2000-2020 a evoluçom do PIB na Galiza foi muito similar à do Estado. Isto fijo que o nosso peso económico no conjunto do Estado se mantivesse praticamente estancado. Em 2000 Galiza aportou 5,17% do PIB estatal; em 2020 representou 5,24%. Nom é, pois, a evoluçom da produçom a que explica a aparente convergência da economia galega com a média do Estado, mas a evoluçom do denominador do quociente. A populaçom galega segundo a Contabilidade Regional do INE reduziu-se muito ligeiramente nessas duas primeiras décadas de século, enquanto no resto do Estado aumentava 18%. Desta forma a populaçom galega que era 6,7% do total do Estado em 2000, apenas era 5,7% em 2020. O peso da Galiza Esta evoluçom contrasta com a da Comunidade de Madrid que passou de aportar 17,67% a ser 19,54% do PIB estatal. Um incremento de quase dous pontos percentuais que representam quase 21.000 milhons de euros anuais. Ao mesmo tempo também ganhou peso populacional, desde 13,2% da populaçom do Estado em 2000 a 14,3% em 2020. Desta forma, apesar do maior crescimento no número de habitantes o PIB per capita madrilenho medrou mais que a média do Estado. Se nos fixamos com mais atençom na evoluçom ao longo destas duas décadas do peso económico da Galiza no conjunto do Estado poderíamos distinguir três períodos. Nos primeiros anos de século experimentou um ligeiro retrocesso, para depois crescer até alcançar um máximo em 2010. Nesta última década o peso relativo da Galiza estanca-se, mesmo retrocede a partir de 2015. Embora, segundo os dados provisórios de 2020, a aportaçom galega ao PIB do Estado reponta, tal vez polo menor impacto na nossa economia da Covid-19. A economia galega avança cara a terciarizaçom, orientando-se cara a sectores que nom geram valor Se analisamos a evoluçom setorial chama a atençom a perda de peso no período mais recentes de duas importantes ramas de atividade. A agricultura, ganadaria, silvicultura e pesca viram como se incrementava a sua aportaçom ao valor acrescentado bruto (VAB) total dessa rama no Estado entre 2000 e 2014. Sem embargo, a partir daí retrocedeu três pontos percentuais, de 11,4% em 2014 a 8,2% em 2020. No caso da indústria manufatureira os câmbios nom fórom tam acusados mas a perda de peso também foi significativa. Em 2008 a Galiza aportou 6,3 de cada 100 euros de valor gerado pola indústria manufatureira no Estado Espanhol. Em 2020 Galiza representava 5,8% do total estatal. Desequilíbrio A rama que si tivo um melhor comportamento na economia galega que no conjunto do Estado foi a do comércio ao por maior e ao por menor, reparaçom de veículos de motor, transporte e armazenamento, e hostelaria. Entre 2000 e 2020 aumentou um ponto percentual a sua aportaçom ao VAB estatal dessa rama. A sua evoluçom também foi mais positiva que a do conjunto da economia galega. Deste jeito se em 2000 o conjunto da indústria era a rama que gerava um maior valor acrescentado, em 2019 das ramas que distingue a Contabilidade Regional do INE esta se converteu na mais importante. Em 2020 como consequências das medidas restritivas derivadas da Covid-19 sofreu umha importante contraçom. Semelha que a economia galega avança ainda mais cara a terciarizaçom, orientando-se ademais cara sectores que nom destacam pola sua capacidade para gerar valor acrescentado nem polo emprego de qualidade. Em resumo, ainda que a economia galega converge em termos de PIB per capita, esta convergência na realidade oculta o devalo demográfico da Galiza, as dificuldades da economia galega para criar emprego e fixar populaçom. Ademais nom devemos obviar que ao longo destas décadas também se produz um certo acentuaçom do desequilíbrio entre as províncias do Oeste e as do Leste da Galiza. Lugo e Ourense vem como se reduz a sua aportaçom ao PIB galego, enquanto cresce o peso económico da Corunha e Ponte-Vedra. Umha evoluçom do PIB que tem o seu reflexo em termos demográficos.