Frank Sinatra faria 100 anos hoje

[Imaxe: Wikipedia] Frank Sinatra.

Dominador, perfeccionista e intenso, Francis Albert Sinatra nasceu há um século.

 

Ao longo da carreira, vendeu mais de 500 milhões discos, recebeu 31 discos de ouro, 18 de platina, conquistou ganhou 13 Grammys. Deixou para a posteridade 1.800 gravações e 12 biografias. Aliás, 13, porque a mais recente acaba de ser lançada nos Estados Unidos revelando um Frank Sinatra sempre a lutar pelo poder, fosse no mundo da música, no cinema, na televisão ou mesmo na política.

O livro de James Kaplan, Sinatra: The Chairman, é, na verdade, o segundo volume da biografia do cantor norte-americano, depois de Frank: The Voice, lançado em 2010. E, a julgar pelos relatos da imprensa norte-americana,

Nascido a 12 de Dezembro de 1915 em Hoboken, no estado de New Jersey, Francis Albert Sinatra teve uma infância marcada pelas origens italianas da família, a rigidez de mãe e a pobreza, acentuada pela Grande Depressão depois de 1929.

Não era compositor e fazia sempre questão de dizer que era um intérprete

Estudou música, mas aprendeu a arte de respirar com os trombonistas e a tocar piano sozinho. Não era compositor e fazia sempre questão de dizer que era um intérprete. Começou por cantar nas orquestras de Tommy Dorsey e Harry James, fazendo bem a transição entre o swing e o jazz e algumas baladas românticas. A sua popularidade foi tanta que o seu epíteto passou a ser The Voice (A Voz) – o seu brinde preferido era “que vivas 100 anos e a última voz que ouças seja a minha”.

É verdade que contou com a ajuda da máfia para se tornar actor em Hollywood, mas essa foi só a porta de entrada, porque depois provou que era mais do que apenas um cantor, tendo entrado em mais de 50 filmes e ganho um Oscar de actor secundário pela sua interpretação no filme Até à Eternidade, de Fred Zinneman.

Foi também protagonista de um dos mais belos melodramas que Hollywood produziu, Some Came Running/Deus Sabe Quanto Amei, de Vincent Minnelli, e desse dramático O Homem do Braço de Ouro, de Otto Preminger.

Na música que a lenda se tornou lenda, criando megashows

Mas foi na música que a lenda se tornou lenda, criando megashows, ajudando a construir um género nos casinos de Las Vegas, fundando empresas discográficas e até sendo um dos vanguardistas na exploração do dueto como forma de dar outro brilho a velho material.

Harry Connick Jr., Celine Dion, Tony Bennett, Lady Gaga, John Legend, Usher, Alicia Keys, Adam Levine, Nick Jonas juntaram-se num concerto de homenagem a Sinatra que foi transmitido no passado domingo pelo canal de televisão norte-americano CBS.

Há também duas exposições em Nova Iorque que comemoram o centenário, um documentário de quatro horas de duração feito para a televisão americana promete também ser exibido em todo o mundo, a edição especial de um relógio Raymond Weill, a Jack Daniels (whisky preferido do cantor) lançou o Sinatra Select, entre outras coisas.

Hoje, 17 anos depois da sua morte, Frank Sinatra continue a ser um dos artistas que mais discos vende no mundo

Não admira, pois, que até hoje, 17 anos depois da sua morte, Frank Sinatra continue a ser um dos artistas que mais discos vende no mundo.

Veja Lady Gaga a interpretar “New York, New York” no “Sinatra 100 Grammy Concert”: