Opinión

Próxima estaçom: Independência

Disséram-nos que côa democracia vinha outro tempo político em que todo era posíbel e que podiamos aspirar a ter um espaço próprio para trabalhar polas nossas arelas de soberania. Que com um nacionalismo posibilista e adaptativo avançariamos no marco do estatuto de autonomia e assim proteger os nossos direitos como povo.

Traballouse com ilusióm, mais as regras do jogo nom eram iguais para todos. Umhas regras desenhadas por estruturas antinacionalistas e antidemocráticas criadas por elites económicas e políticas á sombra dumha transiçom pactuada co régime franquista. Umha sociedade centralizada no principal, com meios de comunicaçom radicados em Madrid e sucursais na periferia, dependentes no económico e no político da metrópole.

Umha realidade no día a día que nos nega no idioma, na justiça, na escola, na imprensa, na radio, na televisión, na administraçom, na sanidade, nos serviços básicos, no comércio, no emprego… onde chegas a sentirte extrangeiro no teu pais.

Percorremos todos os seus caminhos mais o resultado está á vista. Os caminhos nom valen, están pensados para que nom progressemos por eles. Para o desfalecimento e para nos esgotar inutilmente.

Comprovamos nestes anos que seguir avançando co possibilismo nom é garante de logros para o nosso pais, pola contra anula as conquistas e vai levando a um devalo que prioriza as formas sobre os contidos, o accesorio sobre o fundamental, mermando paseninhamente a consciência nacional e o espírito de luita. Desperfilando um projecto de construçom nacional.

Comprovamos nestes anos que seguir avançando co possibilismo nom é garante de logros para o nosso pais

Por outra banda, estamos observando um câmbio de ciclo político em Europa e no estado, ligado a processos independentistas de naçoms sem estado de seu, que avançam na toma da consciência nacional. Escócia, Catalunya, Euskal Herria… son exemplos disto, amossando que só é posíbel avançar forçando situaçoms, com afâ ruturista para transformar umha realidade que nos é alheia.

Só pode haber câmbios reais e transformadores aló onde hai realidades nacionais diferençadas. A independência das naçoms sem estado é o único câmbio revolucionário que pode realizar-se no estado espanhol.

A etapa autonomista foi umha ilussom, um cortalumes para as legítimas aspiraçoms nacionais do povo. Perdemos soberania e, com ela, nos espoliaron ums sectores produtivos rendíbeis e punteiros, os nossos recursos financeiros, a nossa riqueza energética… empobrécem-nos e trátam-nos como umha colónia interior.

Porén, precisamos marcar umha nova posiçom superadora e ambiciosa para Galiza. Ampla, diversa e aglutinadora de muitas e muitos independentistas de base e das companheiras e companheiros integrados en organizaçons políticas nacionalistas que hoxe se sentem orfos e orfas cum nacionalismo esgotado na etapa autonomista e actualmente incapaz de concretar umha posiçom política determinante na Galiza.  

Companheiras e companheiros, integrados en organizaçons políticas nacionalistas que hoxe se sentem orfos e orfas cum nacionalismo esgotado na etapa autonomista

Necessitamos um estado próprio para sobreviver e dispor de condiçoms de vida dignas. A nossa naçom nom pode agardar mais, é por isso que agora toca INDEPENDÊNCIA.

É preciso, entom, definir e pôr en marcha um processo para este país, valente, sem ambiguidades, que clarifique e se diference de tanta confusom e oportunismo no eido social e nacional. Que se denomine independentista sen complexos. Um proxeto nacional emancipador, internacionalista, solidário, feminista, progressista, democrático e popular para construir esta naçom. 

Um proxeto que marque unha folha de ruta nídia e atraente.

Na minha profissom dizemos que para acadar um objetivo assim hai que atuar na identidade para poder modificar umha realidade que nos vém dada. Sem medos, sabendo que os inícios nom som doados, que a muitos e muitas vai assustar ou estranhar e a outros molestar.

Na minha profissom dizemos que para acadar um objetivo assim hai que atuar na identidade para poder modificar umha realidade que nos vém dada

Também dizemos que para chegar á gente é necesario falar claro e ofertar algo que nom tenhan os demais, que nos possicione e diferencie de jeito unívoco. 

Isso si que o temos e, ademais, em exclusiva.

Melhor que ser outros mais no lote da confusom, desenhemos um proxeto atraente, ambicioso, lógico… para fazer país.

Formemos parte dun processo nacional do que poder gabar-nos.

Hoje, esse proxeto representa-o a Independência Nacional. 

Por todo isto, o independentismo galego, como realidade sociológica, o 25 de Julho, dia da Pátria, debe colher o facho da emancipaçom nacional. Vimos de atrás e imos ao futuro.

Adiante, seguimos EM PÉ!

Comentarios