Opinión

O de Xestoso e outros curas

A semana passada, este diário falava do padre de Gestoso: “Toda axuda é pouca” (Editorial). Ia “oficiar unha misa para invocar a axuda de San Lourenzo contra os eólicos” na zona de Monfero; uma original ação –simbólico-social mais que religiosa– que soma este padre a outras muitas desde há décadas, que lhe têm ocasionado censuras e ameaças dentro e fora da Igreja.

Eu lembrei o encontro que tivemos há umas semanas na Corunha ele (Luis R. Patiño) e outros companheiros que fazemos este ano os quarenta da nossa ordenação sacerdotal em Mondonhedo e Compostela. Ademais dele, estávamos Manuel Pérez, Manuel Barreiro e o que escreve; os dois primeiros seguem a atender as suas paróquias, e os dois últimos somos curas casados que continuamos de maneiras diferentes o nosso compromisso no eido social, cultural e religioso.

Lembrava também o Diario que há outros padres na história da Galiza que estiveram a carom do povo galego, e que cumpre sempre lembrar. Foi o caso não só de alguns bem conhecidos como Moncho Valcarce (o cura das Encrobas), Xosé Chao ou Francisco Carballo, mas uma longa lista da qual tenho falado no meu livro Galegos e cristiáns (1995) e noutras ocasiões, e que não deixo de trazer outra volta, ainda que de jeito incompleto: alguns já finados como os três citados e Miguel-Anxo Araújo (o único bispo), o P. Seixas (Vigo), Gandoi (o cura da bicicleta em Lugo), Lorenzo Mariño (Paco de Aguinho), Xaquín Gómez Barros (cura de Adina-Portonovo), Manuel Espiña, Bernardo García Cendán, Xosé Manuel Carballo, Evaristo Lourenzo, dois dos irmãos Peleteiro (dos que tenho falado nesta coluna)... e finalmente Pepe Couce. Mas também outros que ainda seguem connosco, como Miguel Fdez. Grande de Parada de Outeiro, Suso de Rao, Xesús Mato, Ramón Raña, Antón Aneiros, Gumersindo Campaña, Evencio Domínguez, Xosé A. Miguélez, Manolo Regal, Alfonso Blanco Torrado, etc.

Cada nome é uma história rica de fé cristã comprometida, de humanidade, de estar com Galiza e a sua gente, e de trabalho generoso no canto de viver “do pan do Kirieleisón”, como dizem os versos populares.

Comentarios