Opinión

Halloween vs Samaín

Se esta coluna permitisse os títulos longos, seria “Halloween versus Samaín e o Dia de Santos e Defuntos”. Nestes dias em que fazemos lembrança dos nossos Defuntos, e nos que na Galiza está a recuperar-se o Samaín dos nossos devanceiros, nos últimos tempos está-se a importar e impor uma festa alheia que traz matizes diferentes: o Halloween. 
A noite de Defuntos ou noite dos Mortos é uma celebração internacional que os cristãos vinculam à festa de Todos os Santos, pois a grande companhia dos nossos defuntos faz parte do inúmero cortejo dos santos. Como é sabido, na Galiza e nos povos de origem céltica este respeito e veneração pelos defuntos é particularmente intenso na sua tradição, da que é expressão singular a crença na Santa Companha, que une em harmonia vivos e mortos.

Nos celtas, este dia estava vinculado à celebração do Samhain; em gaélico “o fim do verão” e a chegada do outono, vinculada ao tempo da morte e o renascer, ao estar no luscofusco mais achegados a terra e o céu. A palavra relacionou-se logo com a expressão inglesa “All Hallow’s Eve” (“véspera de todos os santos”), que se converteria no Halloween norteamericano. Uma origem, pois, intimamente vinculada ao nosso Dia de Santos e Defuntos; nenhum problema.

O problema está, por um lado, na imposição imperialista da cultura consumista ianque, com pretensão universal sobre as nossas; como fez com o Papá Noel da Coca-Cola versus São Nicolau. E, pelo outro, pelo significado violento que traz a festa; não o dos nossos pacíficos defuntinhos, mas a cultura macabra de morte, violência e medo; de culto ao mal com o pior do paganismo anticristão. Halloween chega com assassinados, zombies, demos e símbolos das seitas satânicas e a magia negra: os sigilos ou selos dos magos (assinaturas gráficas de diversas entidades ocultas), os pentáculos que abrem portas ao poder oculto, etc.

A maior parte de crianças e adultos que usam esta simbologia não são conscientes do seu significado; mas quem os foi metendo nesta cultura ignorante, o satanismo existente, sim o que o sabe. Por isso, cumpre pôr-se em guarda e manter os nossos pacíficos costumes de Santos e Samaín.

Comentarios