Opinión

Luar, serviço essencial de comunicação e emergência sanitária

Da representação sindical, nestes dias estamos a incidir na necessidade de parar a emissão em direto e em seu formato habitual do Luar, e não porque tenhamos especial antipatia por este programa. Pensamos, ao contrário, que um dos sinais de identidade dum médio público tem de ser a variedade para atender os gostos, interesses e necessidades de todos os públicos. Um sinal, a propósito, com o que infelizmente não está a ser consequente a atual direção da CRTVG quando suprime programação voltada para a infância e a juventude, o âmbito da música e a cultura em Galiza, a informação local, os debates, etc.

O nosso problema com o Luar nesta altura de emergência sanitária vem dado porque a produção deste espaço de entretimento põe desnecessariamente em risco a segurança e a saúde das trabalhadoras e trabalhadores da Televisão de Galiza. Desnecessariamente, sim, porque non consideramos que o Luar seja essencial para a comunidade.

Essenciais são os serviços informativos, mas também não todas as informações são imprescindíveis. “A própria atividade de programação informativa admite análise e desagregação das distintas esferas, áreas e serviços em termos de relevância, existindo um núcleo essencial e logicamente outro suscetível de suspensão”, como bem argumentou o Tribunal Superior de Xustiza de Galiza com motivo da convocatória de greve dos dias 19 e 22 de dezembro de 2018 nos meios públicos da Galiza. Por esta razão também reclamámos aos responsáveis da CRTVG a paralisação da produção doutros programas informativos como Agro/Labranza, Vivir Aqui e de moitas informações que, ainda sendo de atualidade, no contexto atual non têm a relevância necessária para se considerar essenciais.

Não estamos a falar nesta altura do direito á greve, certo, mais de algo tão importante como a integridade física e a saúde das trabalhadoras e trabalhadores. E para isso, unha vez que o governo espanhol non foi capaz de paralisar toda catividade laboral que non fosse a estritamente necessária para atender a emergência sanitária, no âmbito da empresa centramos os esforços preventivos em evitar as aglomerações desnecessárias de trabalhadoras e trabalhadores. Com este fim, reclamamos que no centro de trabalho apenas permanecesse o pessoal estritamente necessário, polo tempo imprescindível para atender o serviço essencial de rádio, televisão e web, aplicando um sistema de turnos rotatórios, com respeito escrupuloso ao direito de conciliação e á saúde das pessoas especialmente sensíveis.

No caso de Luar, ademais, se dá a circunstância de se realizar no estúdio 1000 da produtora CTV em Montouto (Teo), pelo que o médio físico e uma parte significativa do pessoal são externos á CRTVG. Portanto, o controlo dos fatores de risco ligados ás condições de seguridade e medio ambientais do trabalho non dependem de nós próprios, sendo asi que se complica muito mais o nosso labor de garantir a seguridade e a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras da CRTVG.

Com a firmeza sindical e com o apoio do quadro de pessoal, logramos que a direção da CRTVG fosse adotando boa parte das medidas de prevenção que reclamamos no Comité de Seguridade e Saúde Laboral. Compre seguir pressionando para os responsáveis do canal público perceberem que, mais além da informação essencial, nenhum conteúdo ou programa, nem sequer Luar, justifica arriscar a saúde das e dos profissionais dos médios públicos de Galiza.

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