Opinión

O voto inútil

As enquisas som adversas. Não temos cancha nos medios informativos.


As enquisas som adversas. Não temos cancha nos medios informativos. Apenas alguma noticia em medios locais, pouco relevante. A sumisa e colonizada TVG nos ignora.  Porém, temos uma proposta ilusionante e autónoma; sem dependencias e muito menos, sem sumisões; e temos umas candidaturas realmente apropiadas.

Carlos Callón luitador infatigável, imaginativo e optimista que na sua longa andaina como Presidente da Mesa demostrou amplamente sua teimosia e creatividade, sempre com o sorriso e a resistência, compromiso e propostas, culto, popular, afável e com interessantes livros da sua autoria. Carme Adan tem demostrado seu bom fazer como parlamentar, inteligentes propostas no Parlamento galego, reconhezida nos ambientes intelectuais e da que gosto ler seus artigos na imprensa... desde logo uma garantia de eficacia no Congreso. Que poderia dizer de Olalla Rodil, uma moza que me deslumbrou desde que partilhou com um grupo de sonhadores, eu mesmo, a criação de “Sermos Galiza”, que ainda lembro na presentação do projecto em Lalím (na que intervinhamos os dous e na que eu estava convencido de que teria que complementar a bisonhez da minha companheira de presentação) emocionou ao auditorio coa sua forza, seu convencimento e que constitue um importante activo no interesse que pode despertar o “Sermos...” com seus artigos.

Curiosamente á unica que levará meu voto na circunscrição ourensana, não a conhezo e pouco ou nada poderia dizer dela, a não ser a valentia de liderar a proposta de NOS em Ourense, onde, ainda apresentando-se em outras ocasions importantes vultos do BNG, nunca conseguimos representação.

O voto, pese ás enquisas, se é razonado sempre poderá ser útil

E fundamentalmente para ela, tambem para a minha querida Olalla, vai esta reflexão ao respecto, para que se a desilusão chegar nunca se sintam defraudadas. O voto nunca é inútil antes da votação. Primeiro porque não sabemos a quantos votos ajudaremos ou quantos nos ajudaram ou se precisamente nosso voto é o complemento necessario; pensar que nosso voto, a emitir de acordo com nosso pensar, não é útil é reconhezer que ficamos trabucados; e se temos dúbidas entre varias opções o lógico segue a ser votar a que mais se aproxima, pois tal vez com esse voto que consideramos útil afortalamos uma proposta que não é, para o votante, a mais adequada havendo tido a oportunidade de pular pola óptima. O desacerto ao votar pode residenciarse no concepto de utilidade, o acerto ficará no sentimento pessoal; e esse sentimento pessoal, na Galiza, deveria passar polo convencimento do nosso proprio ser, de que somos capaces de salvarnos sem ajudas e sobre todo que não precisamos as “ajudas” recebidas até agora para deixarnos sem peixe, sem leite, sem barcos, sem... alguém fizo referência nesta campanha ao roubo das Caixas de Aforros?, alguém recordou como um patrimonio cultural e urbanístico amasado por nós, os galegos, foinos confiscado polos governos de Madrid com a imprescindível e entusiasta colaboração do governo do PP da Xunta de Galiza? O voto, pese ás enquisas, se é razonado sempre poderá ser útil.

Depois da votação tampouco o voto que não acadou representação é inútil. Precisamos probar que seguimos vivos, que ainda sem chegar ao corte somos bastantes e existimos e que se hoje não acadamos representação temos fondo de armario para continuar na luita, sacarlhes as vergonhas e darlhe a volta no futuro.

Lástima que nossa voz não resoe em todas partes do país em igualdade de condições que a dos poderes fáctico e económicos que chucham nossos recursos e que nos condeam a emigrar; somos uma voz com pouca resonancia num país inculto e profundamente colonizado. Polo que parece ainda os tempos não som chegados; de nós depende sua chegada. Cair sempre nos obriga ao esforzo de levantarnos e facelo incluso com mais forza.

Ánimo. O (IM)País precisa de nós.

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