Opinión

Vivan las cadenas!

Viva a Lei Mordaza, viva a precarização dos direitos laborais, viva  a limitação dos direitos sociais, da sanidade, da escola, viva o empobrecemento; roubar é bom, prevaricar até é aconselhavel, espiar intimidades alheias para fundir ao enemigo político resulta giro. E revivamos a historia com um novo Fernando VII o "deseado", agora chamado Mariano Rajoy. 

Que se pode agardar de uma sociedade que consome maioritariamente programas de reality social?

O mau é que é nossa sociedade, a sociedade na que vivimos.

E se nos limitamos á nossa propria, á que ocupa este Noroeste que, de seguir asim, aginha esquecerá seu nome de Galiza, o desalento é muito superior. Para acadar as percentagens do PP na Galiza precisa de votantes entre empresarios (?) do leite, do peixe, do gando, do monte, retornados a quem se lhes negam direitos ou se gravam com impostos injustos, preferentistas  que tenhem que tributar polas custas para pagar seus advogados, gentes que perderom suas vivendas, mozos na emigração, labregos que malvivem no desleixo do rural, estudantes abocados a abandonar os estudos por falta de ajudas, incluso gentes que defendem a democracia...

Para acadar as percentagens do PP na Galiza precisa de votantes entre empresarios (?) do leite, do peixe, do gando, do monte, retornados a quem se lhes negam direitos

Todos os colectivos mencionados e muitos mais obtiveron generosa ajuda do BNG para prestar informação, formalizar protestas, buscar soluções, agilizar algúm tipo de saida, visibilizar seus problemas... e sempre o amparo na colaboração com seus proprios argumentos. Tanto aquí como em Madrid ou Buxelas.

E na votação abandonam a seus únicos valedores, aos que voltaram solicitando apoio para seus problemas, asesoramento fronte às injustiças e consolo no inevitável, outorgando seu voto a aqueles que som responsáveis do seu, nosso, desacougo ou aos que ainda prometendo recuperar os direitos roubados, forom incapaces de liderar convincentemente uma protesta e oferecer uma ajuda.

Não soporto a ingratitude. E ainda menos a asneira dos que outorgan seu capital democrático (?) aos autores da desfeita, dos que só podem agardar manter ou incrementar a injustiça.

Mas, sendo isto importante para mim resulta crucial o abandono em que os galegos podem deixar ao único grupo político netamente galego, que não tem dependencia nem jerárquica nem ideológica de partidos centralistas e que no seu programa leva como única bandeira a defensa das potencialidades económicas, humanas e culturais de Galiza, comprometido com o povo e com um projecto claro para recuperar nossa diginidade como comunidade, como nação.

Muito há que revisar. No direito, na filosofia, nas humanidades e na religião. Já não som os mesmos pecados nem os mesmos conceptos de dignidade nem as virtudes nem a moral. Na nova moral vale tudo com tal de medrar.

Quinta do Limoeiro, junho de 2.016 

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