Opinión

A tola reforma judicial de Rajoy e do PP

Falava dias pasados noutra colabouração que a Reforma judicial não é cousa do ministro taliban Ruiz Gallardon senom do mesmo Rajoy. Hoje chega um ao convencimento de que a proposta, dependendo naturalmente da cabeza máxima que é Rajoy, é aceptada por todo o PP e alborozadamente apresentada polo ministro de Justiça.

Falava dias pasados noutra colabouração que a Reforma judicial não é cousa do ministro taliban Ruiz Gallardon senom do mesmo Rajoy. Hoje chega um ao convencimento de que a proposta, dependendo naturalmente da cabeza máxima que é Rajoy, é aceptada por todo o PP e alborozadamente apresentada polo ministro de Justiça.

"Hoje chega um ao convencimento de que a proposta, dependendo naturalmente da cabeza máxima que é Rajoy, é aceptada por todo o PP e alborozadamente apresentada polo ministro de Justiça".

Alarmoume ver que, fronte ao rejeitamento de todo o estamento jurídico, o Conselho Gêral do Poder Judicial acepta-se o projecto; o Conselho é maioritario de membros devedores do PP, e aginha se desmarcarom os conselheiros procedentes de outras ideologias políticas; esta Cámara foi a única voz discordante na desaprovação da reforma. Claramente se ve a longa mao de Rajoy manobrando com os representantes nas orgaizações judiciais do seu proprio partido para impulsar um projecto antidemocrático, anticonstitucional e contrario ao direito mais elemental do aceso á justiça por parte dos cidadãos.

Ainda me alarmou mais que o Presidente e Vicepresidente da Xunta manifestem sua opinião favoravel a que na Galiza, alem das cuatro capitais de provincia, tenham tambem demarcação judicial Vigo, Compostela e Ferrol. Aceptam a reforma e só por vergonha, por electoralismo e porque a exclussão da maior cidade da Galiza do esquema judicial é uma barbaridade, mostran-se coidadosamente abertos a essa modificação. Tate. O resto dos partidos judiciais, o resto dos cidadaos, os mais necesitados os de mais comprometida economía, esses que se despidam da justiça terrenal e que vivam ilusoriamente pensando na divina.

Hoje em Vigo há uma magna manifestação reclamando o partido judicial. Como se lhe poderia negar a Vigo, a mais grande cidade e a mais industriosa de Galiza ser cabeça de partido judicial? Claro que tambem se lhe negou o Julgado do Mercantil, mas a teimosia da realidade levou a que houvera de rectificarse a decissão e que ao pouco tempo estabeleceram tambem o Julgado do Mercantil na cidade. Penso que nem de inicio se consumaria a barbaridade de que os 300.000 vigueses e do seu hinterland tiveram que deslocarse da sua cidade para resolver questons judiciais. Todo é artificio para que a protesta se concentre em aspectos chamativos que ja desde o inicio forom pensados e asim dar a sensação de que as manifestações servirom para algo e que os políticois mais próximos podam presumir da sua intervenção na modificação.

"Os mais necesitados os de mais comprometida economía, esses que se despidam da justiça terrenal e que vivam ilusoriamente pensando na divina".

E assim ficam descabezadas as protestas dos mais pequenos, do resto dos partidos judiciais que contam, como muito, com a colaboração dos seus pequenos Concelhos. Os 300.000 habitantes de Vigo terán Julgado e tambem, naturalmente, os 70.000 de Pontevedra; os que terám que renunciar a reclamar via judicial seus direitos serám os do resto da provincia, como ocorrirá nas provincias de A Corunha, Lugo e Ourense, com mais prejuiço ainda nestas duas últimas polo deteriorado das suas vias de comunicação, a dificil relação com a capital da provincia e com o meirande envelhecemento da povoação. Tristemente, os mais perjudicados som os mais numerosos votantes do PP; assim paga aos que lhe dam o poder.

Um governo de provocadores e descerebrados pode chegar a qualquera tolada. Claro que para levar adiante seu projecto precisarám de obras enormes para acolher na capital  todos o julgados da provincia. De onde vai sair esse orzamento? Tal vez de novos recortes em salarios, sanidade, educação, serviços sociais, etc.?

Chamamento que fago á sociedade civil de que parem esa tolada de reforma, mas desde o direito do cidadao mais afastado dos centros urbanos a ter a possibilidade de acodir num entorno razoavel a solicitar justiça.

Quinta do Limoeiro, 27.06.14

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