Opinión

Resistir

Na noite do 20D reconforva-me um poema do grande poeta portugués Manuel Alegre, que rematava dicindo : “mesmo na noite mais triste/ em tempo de servidão/ há sempre alguém que resiste/ há sempre alguém que diz não”.

Na noite do 20D reconforva-me um poema do grande poeta portugués Manuel Alegre, que rematava dicindo : “mesmo na noite mais triste/ em tempo de servidão/ há sempre alguém que resiste/ há sempre alguém que diz não”. Eu há tempo que tenho tomada a decissão de resisistir. De dizer “não” a renunciar á pessoalidade do meu povo, á sua dignidade, a sua individualidade, dicer não a ficar inmerso num magma de esquerdas, e muito menos de direitas, espanholista, no que se dilua a identidade do meu povo, da minha patria que é Galiza.

Não vou dimitir da minha identidade galega e de esquerdas porque uma maioria eleitoral preferi-se votar a candidatos e partido responsaveis do expolio a Galiza do patrimonio cultural, artístico, arquitectónico e económico das suas Caixas de Aforros, como o PP, com Feijoo como cabeça; ou que som responsaveis da desfeita económica e social, por se e como mandanrins do espanholismo; que legisla contra o galego; que coarta o uso normal do nosso idioma; que abandona aos sectores produtivos do país, como o leite, a pesca, a construção naval, etc.; que desampara ás crases mais desfavorecidas; que culpabiliza aos emigrantes retornados; que nos condena a volver a emigrar; que nos leva a desaparecer como entidade propria. Indigna-me, mas não me desanima que o PP siga sendo o partido maioritario e que haja 595.000 galegos conformes com a sua política e com consolidar todos os recorte que nos chegarom da sua mao; segundo os dados só 270.000 eleitores galegos evidenciarom seu descontento com as politicas do PP.

Vou seguir resistindo a pesar de que companheiros preferisem agora volver costas a nosso projecto nacional

Vou seguir resistindo a pesar de que companheiros, camaradas, de luita politico-nacional em longos anos e dolorosas travesias do deserto, preferisem agora volver costas a nosso projecto nacional (como fizerom no inicio da democracia na Mesa de Forzas Poíticas) e caminhem de brazo dado com o espanholismo, condensados no medio do imovilista centralismo.

Vou seguir resistindo a pesar de que pretendo defender a dignidade e a identidade de um povo que renuncia á sua pessoalidade, á sua presença identitaria na vida política e que outorga a confiança a partidos de obediencia centralista que nada fizerom polo nosso benestar que pola contra chucharom sempre nossa riqueza, nossos aforros, a potencia dos nossos rios e nos condenarom a ser pobres e dependente, a sentir vergonha de nos mesmos, manifestarom a inutilidade do nosso idioma para que nos sentisemos ainda mais miseraveis.

Vou seguir resistindo a pesar de ingratidão de uma sociedade que em tempos de necessidade acude ao nacionalñismo para que tome sua defensa e na hora em que deveria dotalo das armas necessarias para essa melhor defensa o abandona; e como Pepe Mujíca (ex-presidente de Uruguay) afirmo que “fuí aplastado, derrotado, pulverizado, pero sigo soñando que vale la pena luchar para que la genta opueda vivir un poco mejor y con um mayor sentido de la igualdad” e acrescentaria, e pola soberania do meu povo.

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