Opinión

Refundação?

A XV Assembleia do BNG evidenciou que o nacionalismo segue vivo e tambem o BNG. Mas eu advertim que continuamos com os mesmos defectos de forma e trato que vimos arrastrando desde o inicio. Penso que nos falta a cortesia e cordialidade propias da burguesia. Considerei descortés que o Portavoz nacional solicita-se a disolução de um colectivo de máximo peso que integra o Bloco; simplesmente com propor a constituição do BNG num partido político levaria implicita a proposta de disolução da UPG sem mencioná-la; já sei que houvo otras vozes que solicitavam a dita disolução, mas eram de militantes mais ou menos de base que tenhem direito a opinar e discordar, sem a trascendência do que di o máximo representante.

Tampouco considero cordial nem cortés a negativa a discutir a proposta transacional de consenso. Certo que nos chegou a última hora e numa letra ilegivel no Auditorio, mas poderia haver uma oportunidade para o debate por escasos que estiveramos de tempo. Os que intervirom defendendo as emendas falavam cada um em nome de un grupo de companheiros nacionalistas que adicarom tempo e pensamento para chegar a umas propostas, aceitáveis ou não, mas sempre nacionalistas; Carlos Aymerich fizo um discurso ordenado e coerente e o resto igualmente defenderom umas propostas sobre o que entendiam era o melhor jeito de enfrontar os reptos que temos por diante. Esse esforzo, se nos sentimos irmãos, merecia, por parte da Mesa do Pleno, facilitar a oportunidade de que se discutise a proposta de consenso á que chegarom os quatro colectivos emendantes entre eles, o que supõe já um trabalho adicional ao da própria emenda individual e as possibilidades de chegar a acordos. Por reconhezimento de um trabalho a prol da melhor politica a seguer em bem  do nacionalismo, deveria haver sido discutida a emenda transacional; no imaginario do possivel ficaria incluso um resultado aprovatorio pola suma de todos os que votarom afirmativamente a cada uma das emendas individuais; em qualquera caso as maiorias case sempre se equivocam, como mostra a maioria de votantes do PP na Galiza.

Fáltanos cultura da cordialidade que nos levou a liortas internas e a que muitos companheiros nacionalistas ficasem no caminho

E se a Mesa do Pleno, entendo, não estivo afortunada na sua decissão de rejeitamento a discuti-la, menos ainda os que manifestarom sua decissão a sair do BNG se a emenda transacional não se aprovava. Que respeto oferecem aos companheiros que podiamos ficar disconformes com a emenda? Podem fazer o que gostem, mais a ameaza não deve permitir-se.

Em definitiva, fáltanos cultura da cordialidade que nos levou a liortas internas e a que muitos companheiros nacionalistas ficasem no caminho, gentes que activamente participarom com nós na prédica do nacionalismo e que necesitariamos recuperar.

Não justifico aos que manifestarom abandonar o BNG descontentos tal vez com o rejeitamento de suas propostas ou tal vez com a escasa cordialidade para discuti-las; mas faltos de cultura democrática.

A palavra "refundação" é ambigua e perigosa. Refundamos qué? Voltamos a comezar? Redigimos nova acta constituinte?

Á minha vez fago uma emenda. Tranquilos que ainda que seja rejeitada não me vou riscar de militante. Ven-se utilizando um término referido ao futuro do BNG que é o de "refundação". Eu discrepo. Nos ja estamos fundados; podemos modificar, corregir, emendar, reformar, reajustar, actualizar ou rectificar todo ou parte do andado até agora... mas renacer... porque refundar é fundar de novo, bem sobre as cinzas do anterior ou bem refacendo desde o inicio. Não me parece lógica essa dinámica. É muito e bem o que se tem feito desde a "fundação" do BNG, uma historia viva de muitos anos, nos que se tomarom decissões boas e más, porem não podemos desbotar nem as boas porque forman parte da história de este país nem as más porque nos podem server como mostra do que não devemos facer

A palavra "refundação" é ambigua e perigosa. Refundamos qué? Voltamos a comezar? Redigimos nova acta constituinte? A sociedade, a quem lhe lanzamos a boa nova da nossa refundação, pensará que no tempo em que andamos e com os reptos que se apresentam ao nacionalismo e á nação galega, perder o tempo com andrómenas e disquisições de uma nova fundação sería abandonar o mais imediato que consiste en apresentar um programa sugestivo e nacional para as eleições autonómicas e estatais próximas (que até se podem facer coincidir, para desgraça nossa) que poda engaiolar aos galegos de bom coração.

Este é o momento de sair com um projecto ilusionante, explicar que é o que pretendemos, por onde andamos, tal vez também explicar nosso erros em Reganosa, nos Ancares, etc. para que as gentes que perderom sua confiança em nós sintam como, até agora, o nacionalismo segue na casa comúm do BNG. Temos que facer propostas e rectificar erros e deixar-nos de aventuras estúpidas "refundadoras".

Quinta do Limoeiro, março de 2.016

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