Opinión

Não nos querem

Só nos utilizam. 

O direito a decidir semelha ser o mais democrático dos direitos, incluso se som os povos os que decidem, ou tal vez ainda mais; postura antidemocrática é a de quem impide decidir ao povo. 

Só nos utilizam. 

O direito a decidir semelha ser o mais democrático dos direitos, incluso se som os povos os que decidem, ou tal vez ainda mais; postura antidemocrática é a de quem impide decidir ao povo. Na legalidade, o Estado espanhol (que ridiculez, é o “Reino de Espanha”) ratificou dois Tratados Internacionais (o “Pacto Internacional de Direitos Civils e Politicos” e o o “Pacto Internacional de Direitos Económicos, Sociais e Culturais”, publicados no BOE 102 de 30.04.77) que reconhezem o direito de autodeterminação de jeito claro e contundente:”1. Todos os povos tenhem o direito de livre determinação. Em virtude de este direito estabelecem livremente sua condição política e proveem asimesmo ao seu desenrolo económico, social e cultural”, superando e modificando amplamente a restricta Declaração da ONU em 1.960 que limitava este direito aos povos sujeitos a dominação colonial, se bem ja em 1968 considerou o direito  de autodeterminação como um Direito Humano de carácter colectivo, acrescentando em Resolução de 1.970 como um direito de todos os povos. Pois bem, a C.E. no artigo 96.1 manifesta que “os tratados internacionais validamente celebrados, uma vez que publicados oficialmente na Espanha, formaram parte do ordenamento interno. Suas disposições so poderam ser derogadas, modificadas ou suspendidas na forma prevista nos proprios tratados ou de acordo com as normas do Direito Internacional”. Temos polo tanto que “o direito á livre determinação dos povos” aparece formando parte do direito espanhol, sem que conste sua derogação ou modificação, é dizer que fica em vigor.

"O direito a decidir semelha ser o mais democrático dos direitos, incluso se som os povos os que decidem, ou tal vez ainda mais; postura antidemocrática é a de quem impide decidir ao povo". 

Mas não era minha intenção entrar na posivel legalidade ou ilegalidade de um povo exercitar seu direito a decidir. Aliás, no talante que pode ter o Estado que blinda sua “integridade territorial” fronte ao povo “integrado” que trata de  conhezer a opinião comúm e o eventual exerciço verbo do direito de livre determinação. 

Ficou claro no processo de Escocia com a Grão Bretanha. O Reino Unido tem uma democracia consolidada e uns princios democráticos nascidos de uma tradição participativa do povo, ainda que centralista; vem de uma evolução e participação popular, como pode ocorrir com a sociedade francesa, não é herdada de uma dictadura com todas as suas eivas e administrada polos herdeiros politicos do ditador. No caso escocés a Grão Bretanha não só pèrmitiu senão que facilitou a consulta sobre a autodeterminação, correndo todos os riscos de que se saise o SIM escindiria-se do Reino Unido para caminhar independente. E no longo caminho de preparação permitiu igualmente todas as manifestações a favor ou em contra e quando o governo central tivo que manifestar-se pediu ao povo escocés que não marchase, que eram muitos anos de convivência, que podian artelhar-se novas competências politicas e fiscais, até a rainha pediu que elegeram a senda da unidade. Foi uma declaração de amizade e carinho a atitude do governo inglés para o povo escocés, atitude que penso tivo que pesar na vitoria do NÃO.

"No caso escocés a Grão Bretanha não só pèrmitiu senão que facilitou a consulta sobre a autodeterminação, correndo todos os riscos de que se saise o SIM escindiria-se do Reino Unido para caminhar independente". 

Ao comentar que Grão Bretnha “consentiu” a consulta ja formulamos uma situação de dependencia. Consente quem fica num plano superior respecto de aquele a quem se lhe consente. “Espanha” é consciente de que fica num plano superior ao de Catalonya e nesta seguridade não consente nem negocia nem lhe mostra amor ou carinho nem ainda respeito. Queres-te separar?, pois para comenzar ímoste amolar com o problema do idioma; queres-te separar? pois imos amolar-te no terreo educativo; queres-te separar?, pois toda a cidadania vai ser informada (para esso tenhen jornalistas pagados) de que nunca fostes ninguem, puto apendice do reino de Aragão; queres-te separar?, pois imos soltar a bomba de que o voso “honoravel” era um corrupto, ainda  que durante décadas encuberto por todos os governos de Madrid; e neste “in crescendo” ja chega a que um membro do governo, nada menos que o Ministro de Exteriores, a representação diplomática do Estado, ameaça com retriarlhe a autonomía.

Meu relato não é por defesa de Catalonya, é para alertar a este meu povo do que podemos agardar do Estado espanhol. A única diferência radica em que em Catalonya é a propia sociedade catalana e as forzas vivas da economia e a política as que elevam a bandeira de rebelión. Mentras que na Galiza o governo do Estado conta com mandarines submisos, galegos de nascimento ainda que non-o sexam de conciencia e sentimento, para impor e aplicar a normativa centralizadora e laminar o orgulho de pertencer a um povo com uma brilante historia, tradição, pessoalidade de sim, solar diferenciado, lingua propria, rico em recursos económicos...

"O Estado espanhoL não nos quere. Mais bem nos desprecia, especialmente aos que reivindicamos a identidade da Galiza". 

Dicia-vo-lo. Não nos querem. Prejudicam nossa economia, roubam nossos recurso naturais, impedem-nos gerar riqueza, utilizam nossas fontes de riqueza como moeda de troque para seus negocios, mandan-nos á emigração, limitam o uso do nosso idioma, impedem uma educação galega... e quando protestamos na rua não dialogam, malham em nos. Chegaram os tempos?

Há que preparar-se. O Estado espanhoL não nos quere. Mais bem nos desprecia, especialmente aos que reivindicamos a identidade da Galiza. Eles o que bucam, como no tempo de Castelao, é zugar nossa riqueza e manternos submetidos, avanzando cada vez mais na colonização até o aniquiulamento total da conciencia nacional.

Quinta do Limorieo, 19 de Setembro de 2014 

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