Opinión

Insídias

Recorrentememte airéase o boato da carga negativa da UPG dentro do BNG.

Recorrentemente airéase o boato da carga negativa da UPG dentro do BNG. De tanto repetilo há pessoas de dentro ou fora da organização que acabam acreditando no alegato. Naturalmente pessoas de boa fé desconhezedoras da historia e actividade da UPG no decorrer do nacionalismo galego nos últimos  sesenta anos, porque os que propalam a acusação som conscientes de que malevolamente transmitem uma falsedade com a que pretendem danar ja não só á UPG ou ao Bloco, senóm tambem ao nacionalismo.

Sou militante de base do BNG, nada lhe devo á UPG a não ser a dívida impagavel de ter sido neste país a ferramenta que, com erros e acertos, mantivo o facho do nacionalismo, do que me declaro fervente seguidor. Certamente houvo outras organizações que tambem participarom na luita nacional-popular de este nosso país, mas foi a UPG a que obtivo meirande apopio popular e tivo a nivel do Estado e do extrangeiro a identidade e referência com o soberanismo galego.

Não vou fazer historia porque não é o tema; só pretendo levar uma reflexão sobre os inicios da UPG que despertarom os anceios independentistas de uma mocidade que, duramente reprimida, resgatou o sentimento de identidade e dignidade galegos, que nos orgaizou e ilusionou a muitos para movilizar uma sociedade sumida no medo, que foi o colectivo mais maltratado e perseguido polo franquismo, que se mantivo sempre sem servidumes.

Temos que reconhezer que foi o colectivo maioritario dentro dos diversos grupos nacionalistas, o que não impediu que pactase com estes para constituir diversas plataformas e chegar a formar o BNG onde foi e segue a ser maioritario, polo que as acusações de intransigencia esquecem que, em definitiva, conforma o parecer maioritario da militancia. Há que admitir que entre os militantes mais orgaizados, entusiastas e disciplinados, os que ficam sempre dispostos, som os da UPG.

Nem som santos nem som demos. Mas a UPG é o colectivo nacionalista que liderou o despegue nacionalista após do 36

Não podemos negarlhe generosidade nos pactos e acordos com o resto dos colectivos integrantes do Bloco. Com a UPG como forza motriz dentro do Bloco chegamos ao grao mais alto de aceptação na sociedade galega; tambem é certo que com ele imos baixando aos infernos; que deixarom no caminho por resentimentos pessoais a muito nacionalista que não souberom recuperar; e que alguns dirigentes não estiverom á altura do que deles esperava a sociedade quando acadarom algum cargo de governo. Nem som santos nem som demos. Mas é o colectivo nacionalista que liderou o despegue nacionalista após do 36.

Só um colectivo hierarquicamente orgaizado, de acordo coas decisions das diversas células, podia facer fronte ao aparato represivo do franquismo e ja no tardofranquismo o sistema assembleario foi o referente para elegir os órgaos directivos e as pessoas que os ocuparam. A militancia, em assembleia, elegiu as pessoas que conformarom os orgaos de governo; se não sempre acertamos será mais culpa nossa que do elegido. Polo que poderemos, e incluso devemos, criticar ao designado no que entendemos que o fai mau, mas não tem sentido criticar e menos deostar a uma orgaização que desde seu inicio foi referente e lider do nacionalismo galego.

De futuro melhor que censurar ou reprobar seria comprender e colaborar e que a intransigencia ou linhas vermelhas não impede em absoluto a cultura do diálogo e do concerto.

Comentarios