Opinión

GpS. A direcção certa

Celebro ter saido da ambigüedade. Nas décadas dos 60 e dos 70 os nacionalistas sabiamos perfectamente o que queriamos: a independência como única solução aos problemas do nosso povo. Provavelmente no plano ideologico  andavamos mais no optimismo que na realidade. Nas cidades, e sobre todo nas vilas e nas aldeias, acudiam maioritariamente a escoitarnos quando falavamos dos problemas reais e cotidianos, dos montes vicinhais, da quota empresarial, da oposição aos projectos para grandes multinacionais que empobreciam o escaso tecido económico rural, as expropiações, etc. e os que necesitavam obtinham generosamente pola nossa parte ajuda administrativa e jurídica. Na realidade cotiam e física sufriamos a persecução de todo o estamento público e muito especialmente da policia e dos tribunais. Revoltavamonos, saíamos á rua, manifestavamonos e aceptavamos os riscos que supunha nossa conduta díscola e, especialmente, nossa ideia de uma Galiza ceive; certamente eramos independentistas. Existia o galeguismo culturalista que nos considerava perigosos, algo assim como esse filho rebelde que existe em toda familia que se precie; e quando a rebeldia tomava as armas, nos rejeitava. Mas o que realmente movia masas (ou esso criamos) era o independentismo, era a Galiza Nação.

Celebro ter saido da ambigüedade. Nas décadas dos 60 e dos 70 os nacionalistas sabiamos perfectamente o que queriamos: a independência como única solução aos problemas do nosso povo. Provavelmente no plano ideologico  andavamos mais no optimismo que na realidade. Nas cidades, e sobre todo nas vilas e nas aldeias, acudiam maioritariamente a escoitarnos quando falavamos dos problemas reais e cotidianos, dos montes vicinhais, da quota empresarial, da oposição aos projectos para grandes multinacionais que empobreciam o escaso tecido económico rural, as expropiações, etc. e os que necesitavam obtinham generosamente pola nossa parte ajuda administrativa e jurídica. Na realidade cotiam e física sufriamos a persecução de todo o estamento público e muito especialmente da policia e dos tribunais. Revoltavamonos, saíamos á rua, manifestavamonos e aceptavamos os riscos que supunha nossa conduta díscola e, especialmente, nossa ideia de uma Galiza ceive; certamente eramos independentistas. Existia o galeguismo culturalista que nos considerava perigosos, algo assim como esse filho rebelde que existe em toda familia que se precie; e quando a rebeldia tomava as armas, nos rejeitava. Mas o que realmente movia masas (ou esso criamos) era o independentismo, era a Galiza Nação.

A Transição penso que nos descolocou. A nossa incidencia não era tanto forte como imaginavamos; o resultado não se correspondía com o esforzo desplegado em anos de ditadura, nos que os nacionalistas eramos os únicos que davamos resposta ás reclamações populares. Sorprendentemente o povo voltavase nas maos dos arribistas, dos continuistas e dos espanholistas; mesmo o galeguismo cultural (incluso antinacionalista) se aliava com estrutras políticas contrarias ao nacionalismo e indiferentes ás necessidades da nosa terra.

 "A rotundidade da palavra INDEPENDÊNCIA, inequívoca, nunca será minimizada, ainda que poda ser actualizada pola de SOBERANIA"

Daquelas comenzarom a baralharse términos como “autonomia”, “autodeterminação”, “direito a decidir”, “federalismo”, arrumbando na linguagem política com o término “independência”. Os independentisras eramos considerados fora do tempo, retrógrados e visionarios: o progresso, evidentemente, estava nas grandes uniãos, e como ejemplo paradimático tinhamos a Comunidade Europeia, caminho de convertese em “União”, que nos estava trazendo progreso, medios económicos e grandes projectos industriais e de infraestruturas.

O Nacionalismo foi aceptando aqueles términos confusos e a “INDEPENDÊNCIA" so se foi escoitando nas camadas mais novas nos actos do Dia da Patria. O de “Galiza ceive e popular” ficava igualmente como domesticado. A rotundidade da palavra INDEPENDÊNCIA, inequívoca, nunca será minimizada, ainda que poda ser actualizada pola de SOBERANIA.

Quando fum convidado para assitir á constituição da Assembleia soberanista acodim a Compostela, onde atopei velhos independentistas (como eu), mas tambem muita gente nova inequivocamente soberanistas enquanto que independentistas, coincidindo na ideia de que Galiza ja não poder seguir no carro de um Estado espanhol que a empobrece, uma situação politica que poe de actualidade o célebre debuxo da vaca de Castelao.

"Para qué nos servirom essas entidades políticas ou económicas superiores senom para fundirnos mais na miseria?"

Os arredista não somos nem visionarios nem utópicos nem retrogrados. Anos de ditadura nos deixarom nos últimos postos do progresso e nos primeiros da emigração; anos de Estado espanhol “democrático” deixounos sem entidades financieras, chuchou os aforros dos galegos, burlouse da nossa cultura, limitou a extremos do franquismo o emprego do idioma proprio, reduciu o galego nas escolas, relegounos a últimos postos no tocante a infraestructuras viarias... Não foi melhor a nossa experiencia na União europeia que reduciu á miseria nossas febles explorações agrícolas, o leite, o gado... e a nosa potente indutria naval e de pesca, votandonos de novo á emigração e ao suicidio. Panorama desolador que penso não desmintiram nem os centralistas nem os europeistas. Para qué nos servirom essas entidades políticas ou económicas superiores senom para fundirnos mais na miseria? Que podemos esperar de uma União Europeia na que conviven a insolidariedade e os intereses espúreos, na que a desunião é total a não ser para conseguir prebendas os paises mais ricos a costa dos menos poderosos ou con menos dignidade politica, caso do Estado espanhol? As alianzas jogam em funcião dos intereses particulares de cada país e podem fundir ao competidor em aras do proprio beneficio. Que nos importa que o Estado espanhol asinase acordos nocivos e perniciosos a não ser que somos refens de isses acordos nos que não tivemos intervenção o nos que somos os mais perjudicados entre todos os povos da península?
Imos caminho de desaparecer como povo, diluidos no magma  de uma europa insolidaria, machacados ainda polo proprio Estado espanhol com a ajuda dos proprio poderes galegos. Caminhamos para um suicidio colectivo da nossa identidade nacional. E o futuro nos oferece um novo periodo electoral no que as forzas políticas em liza serám as mesmas e apresentaram aos mesmos candidatos que nos venderom como país, que nos arruinarom, que dilapidarom o capital galego acumulado a través da Obra Social das Caixas de Aforros, que se figerom ricos á nosa conta, (actualizando o poema de Fuco Buxan), que nos recortaron direitos sociais e políticos, que forom tanto cicateiros com o noso país que em 40 anos de AVE não existiu um sinistro em todas as vias desta modalidade no Estado, mas em apenas um ano de um remedo de Alta Velocidade que chega a Galiza producese o sinistro mais espantoso. Que podemos agardar se não somos capaces de revoltarnos? Eles, os acomodados, os situados, os que detentam o poder nunca abandonarán seus privilegios

"Em 40 anos de AVE não existiu um sinistro no Estado, mas em apenas um ano de um remedo de Alta Velocidade que chega a Galiza producese o sinistro mais espantoso"

Vai facer um ano, Dia da Galiza Martir, no cimiterio de Poio, na homenagem a Alexandre Bóveda, Miro e Mero liam um texto magnífico no que so na revolta, na desbediencia, viam possibilidades de remontar.
Agardo que sejamos muitos os galegos que apostemos polo soberanismo no nosso pais, capaces de barrer todo este lijo político que nos domina e consigamos uma Galiza dona de seu, livre de argolas, que ponha a andar suas potencialidades económicas e culturais em beneficio dos galegos. Devemos ficar dispostos a seguir petando na alma do povo até produzir um estado de opinião revolucionaria, como propunha Castelao, mais necesario na actualidade em que tendo cultura, lingua, terra, economia, o povo, abnegado, solidario e trabalhador, perde de pressa seu caracter identitario.

Adiante com o GpS. A direcção certa.

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