Opinión

Galiza fronte ao seu destino

De novo Galiza fronte a seu destino. De novo Galiza aguardando que seus habitantes  confiem nela. Sempre paciente porque Galiza segue a confiar nos seus; impaciente porque essa confiança não sempre é retribuída; porque o sentimento de amor na própria terra ou de morrinha quando ficas longe não se traduz no crédito que nos mereceria para resolver nossos próprios problemas. Não confiamos na Galiza e consequentemente não confiamos em nos mesmos. Por isso buscamos outros para nos arranjem nossos problemas, outros que vão resolver seus problemas mentras nos utilizam como moeda de cambio. A vaca de Castelao que se alimentava na Galiza e se mungia em Madrid segue igual, tal vez mais fraca.

Os senhores do PP ou do PSOE de Madrid não som mais preparados nem mais inteligentes que nos. Tal vez mais listos, porque em definitiva conseguem que os votemos a eles por figurantes interpostos que som os que aparecem como candidatos nas listas das quatro províncias (ainda a estrutura provincial), porque na realidade som os de Madrid os que determinam o que se vai fazer que é submissamente aprovado polos que tão desditosamente levam a triste representação de Galiza ao Congresso ou Senado; nossos representantes de “dá-me pão e chama-me cão”.

Eu também desperto de noite espavorecido com a visão dos congressistas do PP eleitos por Galiza votando em contra de acordos tomados por seus colegas no Parlamento galego a prol de Galiza; ou o Sr. Feijoo liquidando a riqueza e patrimônio de todos os galegos entregando as Caixas de Aforros a cambio de nada a um cidadão estrangeiro que em poucos anos ele mesmo já compra outras entidades bancarias, mentras os galegos ficamos sem entidades creditícias próprias, sem imensa riqueza artística, sem imensa riqueza cultural, sem moreia de edifícios singulares...que eram da nossa propriedade; esperto esperançado de que seja um mau sono, só para converter minha esperança em aterradora realidade.

Os retornados, os reformados, os marinheiros, os armadores, os labregos, os trabalhadores em geral, a juventude... todos quando reclamar seus direitos, cívicos e humanos, não contam nem com o PP nem com o PSOE-G ou outros partidos de obediência madrilena; tanto na Galiza como em Bruxelas generosamente quem lidera as protesta é a única força cós órgãos de decisão na terra, o BNG.

A experiência até agora não é boa. Não poderíamos experimentar alguma vez outorgando um respaldo forte no Congresso e Senado a partidos exclusivamente galegos? Mentras não o façamos não temos modo de comparar; porque não intentamos agora?

Sou um galego do comum que só me represente a mim mesmo que não dou conselhos, mas opino (opino mentras me deixem opinar que também o vexo um pouco no limbo) e por isso escrevo minhas reflexões e meus sentimentos, porque sempre senti a paixão pola minha terra, gente, cultura, idioma, recursos económicos, trabalho, historia, mitos... todo o que nos levaria a mostrar-nos muito orgulhosos, nem melhores nem piores que os outros povos, mas com a inconfundível consciência de nossa galeguidade e de ser autossuficientes para governar-nos dentro da nossa manifesta solidariedade.

De afora nos questionam polo idioma; eu nunca pedi a ninguém que me fale em castelhano que o faça em galego; mas há gente galega que me mira raro ou diretamente me pedem que lhes fale castelhano porque sou galegofalante; gente nossa acomplexada que ignora que sua riqueza, nossa riqueza, é ter dous idiomas, que não tenhem no resto do Estado (com a exceção de Catalunya e o Pais Vasco), ademais duas línguas (a galego-portuguesa e a castelhana) das mais faladas no mundo. Eu pergunto, se fôssemos soberanos ou simplesmente tivéssemos força no Congresso e no Senado, liquidaríamos as Caixas de Aforros para entrega-las sem beneficio (polo menos para o povo galego) a um cidadão venezuelano como fixo o Sr. Feijoo?, trairíamos a uma empresa Mexicana como Pemex, questionada como corrupta no seu próprio país, para entregar-lhe os estaleiros Hijos de Barreras, como fixo o Sr. Feijoo?; excluiríamos o nosso idioma galego como veicular no ensino?; teríamos o idioma só como optativo nos entes públicos? como fai o Sr. Feijoo ...

Somos um povo com sentimentos, um povo que ama sua terra o único que temos que recuperar é a dignidade de mostrar que somos capazes de remediar toda a desfeita de uma falta de pessoalidade nos, também galegos, que nos representam e que se pregam ao que se lhes ordena desde Madrid.

Aproveitemos as próximas eleições para recuperar essa dignidade, não perdida senão adormecida polos embaucadores de sempre. Votemos em galego. Votemos por Galiza. Votemos póla única força de dependência galega, o BNG.

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