Opinión

Fundação Manuel María. Casa das Hortas

O passado dia 9 constituia-se em Outeiro de Rei, na Casa Museo Manuel Maria, o Padroado da FUNDACION MANUEL MARIA DE ESTUDOS GALEGOS.

O passado dia 9 constituia-se em Outeiro de Rei, na Casa Museo Manuel Maria, o Padroado da FUNDACION MANUEL MARIA DE ESTUDOS GALEGOS que ficou integrado polos representantes das instituções ás que Manuel Maria distinguiu com legados, nomeadamente a Academia Galega, a Universidade de Santiago de Compostela e a Deputação de Lugo (repesentadas por Margarita Ledo, Manuel Ferreiro e Mario Outeiro, respectivamente), grupo de pessoas mais próximas á obra e relacionadas com Manuel (entre elas Xosé Freixedo Mato, Xosé Estévez, Felipe Senen, Nemésio Barxa, Francisco Rodríguez, Camilo Gómez Torres, López Foxo) outro grupo de voluntarios que forom colaboradores  nas labouras de selecção, traslado e colocação dos fondos, múltimple documentação e papeis e os mais de 12.000 volumes que constituia a biblioteca de Manuel, Maria, Xosé Manuel Perez, director do inventario de documentos e publicações do poeta e os imprescindiveies Saleta Goy, sua viuva, e Alberte Ansede (presidenta e segredario), verdadeiros artífices da estupenta realidade que é hoje a Casa Museo em Outeiro de Rei.

"A Casa Museo é preciso visitala para apreciar na sua dimensão como se conserva uma casa rural e como se aproveitam todas as possibilidades para que não desmereza como museo, alem de albergar o espiritu e sentimento do nosso poeta mais nacional"

A aventura de constituir a Fundação e recuperar a casa de Hortas para Casa Museo comezou há mais de dez anos e só a teimosia, sacrificio, ilusão, amor, entrega, ánimo, compromiso e imaginação por parte de Saleta Goy com a decidida, generosa e incansavel colaboração de Alberte Ansede, mais a necessaria ajuda de outros amigos, conseguirom superar atrancos administrativos, legais, pessoais e económicos que se apresentarom neste longo caminho.

Hoje é uma magnífica realidade que cecais supera o sonho inicial pois incluso na recuperação da casa e de seu entorno oos técnicos sacarom ideias magníficas no exterior, repeitando no interior a estrutura e distribução das pezas que permitem seguir como guia o poemario de Manuel “Sonetos á Casa de Hortas”, oferencendo ao mesmo tempo um marco óptimo para destaque da biblioteca, obras, documentos sonoros, audiovisuais, fotografias e efectos pessoais de Manuel e espaços para convivio e actos culturais. A Casa Museo é preciso visitala para apreciar na sua dimensão como se conserva uma casa rural e como se aproveitam todas as possibilidades para que não desmereza como museo, alem de albergar o espiritu e sentimento do nosso poeta mais nacional recolhido no poemario antes mencionado "eu nacin nunha  casa moi fermosa/ e nela deixei o meu pasado/ o tempo da nenez, o soño ousado/ e a miña adolescencia tormentosa/"; "/a casa é para nacer, para vivir/e deixarlle en herdo o último alento/cuando, á forza, teñamos que partir/". Alí podemos encontrarnos com a obra e aspectos da vida de Manuel Maria. Como afirmou o Segredario da Fundación, Alberte Ansede, “nosso dever como fundação que leva seu nome é converter a Casa Museo em casa de todos os galegos e galegas e fazer tambem que seu legado seja comumente compartido”. Recomendo vivamente uma visita na que, estou certo, não sairedes defraudados.

"A actividade é em todos os eidos para pôr em valor a cultura e a lingua de Galiza, cerne da obra e vida do nosso poeta nacional".

A Casa Museo leva funcionando mais de um ano. Pois bem, durante o 2.014 visitarona mais de 3.000 pessoas. Nos fins de semana realizan-se visitas guiadas. Programam-se visitas escolares (2.000 escolares passarom no curso anterior pola Casa), visitas de grupos de adultos, fixando cita previamente (Associações de vizinhos, culturais, desportivas, ecológicas, clubes de lectura de bibliotecas, clubes de reformados, concelhos, etc.) e visitas de familias os sábados e domingos, igualmemnte previa cita. É de justiça destacar que o peso de estas actividades recae sobre Saleta, Alberte e voluntarios que oferecem sua disponibilidade para facilitalas.

Na antiga palheira da Casa das Hortas ("o curral defende a porta e a bufarda/ as chaminés, as fiestras, o lousado/e sérvenos a nos de amparo e garda/"), reconvertida em Auditorio, a Fundação leva a cabo diversas actividades como presentação de livros, obradoiros, teatro, conferencias, concurso escolar de recitado poético e outras actividaedes culturais. Designadamente no ano 2.014 celebrou-se o “Convivio da Cultura Galega” que reuniu arredor da Casa e da Carvalheira de Santa Isabel a mais de 500 pessoas; actuações de Uxia com a apresentação do seu CD “Andando a Terra. Ugia canta a Manuel Maria”; cada quinze dias há actividade programada para público infantil (obraodiros, contactos, saídas...), juvenil e adultos, consistente em musica, teatro, monólogos, magia.. ja por aqui passarom Ugia, Isabel Risco, Pablo Díaz, Solo Voces, Os Minhotos, etc. Tambem para público familar roteiros pola contorna partindo da Casa Museu e visitando espazos referenciados e tanto presentes em toda a poesia de Manuel Mria ("A Terra Chá somentes é/ un povo aquí e outro acolá/mil arbres, monte raso..."/, do poemario "Terra Chá"); se os Sonetos som uma guia sentimental e puntual da Casa das Hortas, o Terra Chá é o roteiro mais apegado ao seu solo e suas gentes.

"A Casa Museo é o centro da criação de toda a actividade, ainda que algumas saian ao exterior. Alem disso,  ali ficam não só a importantisima biblioteca senom tambem os fondos documentais, ordeados e catálogados e ao dispor de investigadores para sua consulta".

Todos as anos a Fundação realiza actividades de carácter fixo. Na cidade de A Corunha, onde ja é uma referência e vai pola 7ª edição, o denominado "Lúas de Outono", homenagem a Manuel Maria, arredor da data de seu falecemento, que engloba teatro (tanto importante na obra do poeta), poesia, audiovisual, música, danza, magia.. Na Casa Museu e seu entorno (a impresionante Carvalheira de Santa Isabel) o "Convivio da Cultura Galega", romaria-foliada o segundo sábado de julho, uma festa arredor da cultura do País e do asociacionismo de base (actuações diversas pola manha, oferenda a Manuel Maria no cimiterio do lugar, bandas e coros, almoço na Carvalheira seguido de festa, música e baile de Galiza; o "Encontro dos Amigos da Fundación", no sábado mais próximo ao 6 de outubro, data do nascimento de Manuel; o "Concurso escolar de recitado poético".; circulam permanentemente tres exposições polos centros escolares referidas a Manuel Maria e a Rosalia de Castro; etc. Publicarom-se obras inéditas de Manuel Maria e reeditam-se obras esgotadas, como "Advento", "Correspondencia entre Ramón Otero Pedrayo e Manuel Maria", "Sonetos á Casa das Hortas", "O bigote de Mimí", entre outros.

A actividade é em todos os eidos para pôr em valor a cultura e a lingua de Galiza, cerne da obra e vida do nosso poeta nacional.

A Casa Museo é o centro da criação de toda a actividade, ainda que algumas saian ao exterior. Alem disso,  ali ficam não só a importantisima biblioteca senom tambem os fondos documentais, ordeados e catálogados e ao dispor de investigadores para sua consulta. Esvaecese por completo o temor do poeta chairego manifestado num dos últimos sonetos do seu poemario á Casa:/... Coñezo o seu pasado. O seu presente (da casa)/ e ignoro totalmente o seu futuro/será desgraciado, triste, escuro/ ou gozoso, feliz, resplandecente?// Todo o que vive múrchase ou devece/vencido polo tempo traizoeiro/ Nos pasamos. A casa permanece// Non queremos fogar perecedeiro/pois o solar dos Hortas nom merece/rematar convertido en pardiñeiro/ Certo que não, Manuel; a Casa é o que só em sonhos tu podias presentir grazas á ferrea vontade e luz poderosa de Saleta que, como decias no último verso dos teus Sonetos /foi chama o meu amor. Agora é brasa/ Saleta sempre. Perdon pola arrogancia/ A luz é poderosa. A tebra escasa/.

Acudide á Casa Museo de Manuel Maria. Visiade Outeiro de Rei. A raigame poderosa e vizosa da Galiza patria pervive alí.

Quinta do Limoeiro, maio do 2.015

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