Opinión

Catalunya no horizonte

Por suposto no nosso horizonte, que temos que mirar com interese, simpatía e prevenção. Do que poda ocorrer teremos que tomar boa nota.

Catalunya, com Euskadi e Galiza integran as tres nações sem autogoverno dentro do Estado español; nas tres concorre a circunstancia de ter uma cultura, historia e lingua proprias e diferenciada do resto do Estado e as tres coincidem em ter sentimento de nação. Nações periféricas que conscentes das suas particularidades e com os mesmos anceios trataron de pôr em común suas forzas para obter a soberanía; asim nasceu polo ano de 1923 o primeiro Galeuzca, alianza trinacional de carácter solidario e reivindicativo conformada por Catalunya, Euskadi e Galiza (o que o prof. Xosé Estévez define, dando nome a seu livro sobre o tema, La Rebelión de la Periferia e que Carod-Rovira, prologuista do livro, alcuma como “el mar frente al yermo”), que sufriu diversos avatares de encontros e desencontros no eido político, revitalizado no ano 1998 con a Declaração de Barcelona e os Acordos de Gasteiz e Compostela (BNG, PNV-EAJ e CiU)  e casi desaparecido na actualidade, ainda que no cultural semelha que desde 1984 existe uma certa continuidade com reuniões anuais do Galeusca de escritores.

Asim nasceu polo ano de 1923 o primeiro Galeuzca, alianza trinacional de carácter solidario e reivindicativo

 

Podemos criticar a atitude dos partidos ou movimentos políticos soberanistas das tres nacões integrantes de Galeusca, nas suas atitudes dentro da aliança, a través da sua vida de 84 anos, não sempre exentos de desleladades e incluso de menosprezo em relação com Galiza; porem, não devemos esquecer a existencia de beneficiosos acordos de colaboração e que a simple existencia duma GALEUSCA activa é um elemento de preocupação para o Estado espanhol. Temos a prova de cómo o governo do Estado manobra para enfrontar o Ave a Galiza com os teitos presupuestarios para Catalunya ou como compra vontades para afastar Euskadi do pulso independentista dos catalans.

Na conjuntura e decissão política que encorajadamente enfronta o catalanismo, Galiza, submisa ao poder central, alinease com as teses centralizadoras e  da nação única e Euskadi ajuda igualmente ao governo do Estado a cambio de melhor trato económico; uma Galeusca unida exigiria ao Governo outras vías de solução ao sentimento soberanista catalán, neste pulso que bota ao governo de Madrid.

E na encruzilhada actual um movimiento solidario dos partidos soberanistas das tres nações periféricas, ainda que não tivesem responsabilidades de governo no seu territorio, propiciaria um escenario de discussão política diferente e, desde logo,  minguaria a atitude prepotente do centralismo. Espanha responde do mesmo jeito de sempre, ou suborna ou busca aleivosos ou confisca ou invade. De momento em Barcelona ja enviou á Gª Civil (com agentes de rosto coberto ¿com cuecas?) para invadir o órgao de soberanía popular que é a Generalitat e já comezou com ameazas de expolio e confiscação nos bens dos líderes ou pessoas mais significativas do movimiento independentista, criando temor pessoal e familiar em varios deles.

Espanha responde do mesmo jeito de sempre, ou suborna ou busca aleivosos ou confisca ou invade

 

Os métodos som sempre os mesmos. Catalunya os conheze desde tempos dos xenófobos Isabel e Fernando, como nos pasou na Galiza, com o estabelecemento de Inquisición e retalhos na soberanía; as tropas de Juan de Austria entraron a sangue e fogo em Barcelona; Felipe IV não tivo reparo en ceder a França parte de Catalunya. E o Borbón Felipe V perdeu apoios polo seu talante centralista e autoritario, traindo seu juramento de respetar os Foros Catalans; mais recentemente tambem no governo do Borbón Alfonso XIII, e por denuncia dos prelados (sempre a Igreja) forom condenados a morte e fusilados 5 pessoalidades catalanas, supostos dirigentes de uma revolta contra do poder de Madrid. Da ditadura franquista nem falamos. Pensades que há alguma diferencia no proceso de intervenção? Catalunya, Euskadi, Galiza, sempre o mesmo: a compra de vontades, o temor e a forza.

O atual regime borbónico tambem traiu a vontade de Catalunya ao revogar o TC em 2010, aceptando em parte um recurso promovido polo PP, o texto de modificação do Estatuto catalán aprovado pola totalidade das forzas políticas parlamentarias catalanas (excepto o PP), ratificado com rebaixas  no Congreso dos Deputados, e aprovado em referendum no 2006. Certamente Espanha não é muito de fiar.

O Borbón vai ao Reino Unido a reclamar a soberania sobre Gibraltar, um territorio peninsular que declara decididamente que não quere ser espanhol; e, tambem dentro da península, seu governo nega a outro territorio (com mais historia independente) a possibilidade de desvincularse da soberania espanhola porque seus habitantes não querem ser espanhois. Quere integrar aos que não querem e impede marchar aos que querem. Mas que incoerencia é imperialismo.

Quere integrar aos que não querem e impede marchar aos que querem. Mas que incoerencia é imperialismo.

 

Como imperialismo e não incoerencia é que no aspecto lingüistico defenda e mostre apoio aos portorriquenhos que querem pôr em valor o idioma castelhano fronte ao do colonizador yankee mentras na Galiza (tambem em Catalunya e Pais Basco) maltrata o idioma proprio e dificulta fortemente sua normalização primando o castelhano colonizador. 

Resulta apaixoante o caminho andado e o incerto final. O temor fronte ao desejo. Porque o desejo não é só de simpatía, senão tambem de preocupação polo que vai a afectar na atitude política posterior. O fracaso do independentismo catalán levaria aparelhada uma mais profunda involução da que estamos a sufrir na actualidade. Corremos o grande perigo de que se recortem, ainda mais, liberdades e direitos, tanto das pessoas como dos povos; se o uso e ensino do galego passa polos seus mínimos, uma derrota do envite catalán daria pé a todos os inimigos do idioma, todos os inimigos da patria, agora agazapados e expectantes, para exigir a derrogação dos poucos direitos que subsistem em reconhezimento da pessoalidade da nação galega.

Por isso é preciso manifestarnos masivamente pola soberanía galega para, no possivel, deter ou polo menos aguantar a enxurrada de centralismo que nos vai vir acima.

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