Opinión

Toc Toc Espanha: há algum federalista de verdade?

Sempre que começas a falar com espanhois que são de esquerda sobre nacionalismo, direito à soberania dos povos, autodeterminação soem argumentar que eles e mesmo a organização na que militam são federalistas. 


Sempre que começas a falar com espanhois que são de esquerda sobre nacionalismo, direito à soberania dos povos, autodeterminação soem argumentar que eles e mesmo a organização na que militam são federalistas. 

Declara-se federalista o PSOE  e já não digamos Izquierda Unida. No caso de Podemos é mais difícil saber até onde esta disposto, pois nas suas declarações tem um discurso unionista de Espanha unido com o suposto direito a decidir, o que vem a ser um intento de contentar a todo o  mundo como com o discurso nem de direitas nem de esquerdas.

Quando o BNG lançou a sua proposta de Grupo Parlamentar Nacional Galego no congresso e no senado não fechando ao entorno estritamente nacionalista interpretava-se claramente que lhe estava fazendo um claro oco de confluência  às pessoas e organizações que realmente acreditassem no federalismo do Estado Espanhol, pois permitia a entrada e a existência no seu interior de pessoas com cargos internos (deputados e senadores) que não sendo nacionalista si entendessem o federalismo como a auto-organização da Galiza de jeito independente dentro dum estado plurinacional.

O discurso federalista do PSOE é inexistente e o seu comportamento e dum claro tufo centralista. Só o PSC tem feito algum intento de dar passos cara adiante; mas estes intentos forão sempre reprimidos e cortados desde Madrid. No caso do PSOE galego chega com dizer que até foi deixando de empregar o distintivo autonómico de PSdeG e que o seu compromisso com o carácter diferencial galego e mais bem escasso.

As recentes visitas dos líderes de Podemos e de IU a Galiza e as suas posteriores declarações deixam ver  claramente que o federalismo destas organizações não vai muito mais aló que o do PSOE

As recentes visitas dos líderes de Podemos e de IU a Galiza e as suas posteriores declarações deixam ver  claramente que o federalismo destas organizações não vai muito mais aló que o do PSOE. A negativa a entender que Galiza é um sujeito político diferenciado e que pelo tanto assim se deve expressar politicamente não acaba de ser entendido pelas direcções dos dous partidos. Esta falha de visão política de PODEMOS e IU dificulta a possibilidade real de derrotar ao PP-PSOE na Galiza porque rompe a unidade de acção de cara a sua derrota e também dificulta derrotar aos poderes que apoiam o regime do 78 porque sem contar coas forças rotoristas da nacionalidades históricas e incluso doutros territórios do Estado não é possível  ganhar. Os “federalistas espanhois” tenhem que entender que  o nacionalismo  não pode  renunciar à sua ração de existência por impulsar uma rotura democrática que no caso de empeçar dirigida em exclusiva desde Madrid nunca vai contemplar um futuro que acomode o desejo de auto-organização dos povos galego, catalá e euskaldum. 

Os passos que tome ANOVA podem rematar enterrando a imagem dum Beiras que vive os seus momentos mais baixos dentro da paróquia nacionalista

Nos vindoiros meses ou semanas vai quedar claro se os partidos que operam na Galiza e que defendem a rotura com o regime do 78 vão juntos ou por separados. De ir por separado; em 3 blocos as possibilidades de derrotar ao PP-PSOE no 2015 são mínimas e reduzem de jeito muito importante a derrota do PP no 2016. Neste caso os passos que tome ANOVA podem rematar enterrando a imagem dum Beiras que vive os seus momentos mais baixos dentro da paróquia nacionalista. No caso de ir em 2 blocos (Podemos e AGE+BNG+outros), as possibilidades aumentam de jeito importante para o a segunda opção e o grande ganhador da existência deste acordo seria a figura de Xosé Manuel Beiras pois daria sentido a sua recente história fora do BNG. Um só bloco no cal entrassem todos incluído PODEMOS abriria a possibilidade de aspirar a ser primeira ou segunda força mais votada no 2015 e se permitira aspirar à presidência da Junta no 2016, mas para que seja possível  a suma de todos num grupo com poder de decisão na Galiza cómpre da existência de federalistas não só no discurso senão também na pratica.

As cartas estão acima da mesa e antes de finais de ano saberemos que é quem e qual é a coerência dos distintos discursos nacionalistas e federalistas.

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