Opinión

Ganhar é possível

Em Galiza o momento político precisa de imaginação e de exercer o poder com a alma de mulher


Em Galiza o momento político precisa de imaginação e de exercer o poder com a alma de mulher (acordos, acordos e mais acordos) e não com a intenção de ser o primeiro, de impor-se por um voto, de ser o galo no poleiro; porque o que realmente importa é o acordo que permita uma única candidatura galega de rotura e transformação. 

Precisamos uma única candidatura e pelo tanto a suma de Encontro Cidadán por Unha Marea Galega e Iniciativa pola Unión porque é imprescindível  apresentar-nos às vindoiras eleições gerais do Estado para ganhar. 

Todos os que temos alma de esquerda e coração de bons galegos e galegas precisamos derrotar ao PP-PSOE e não quedar por acima (nuns centos de votos) dos companheiros e companheiras com as que damos as batalhas nas ruas pelo que nos pertence é nos estão roubando (sanidade universal, educação, teito para todos e todas, alimentação, protecção social aos necessitados e despossuídos,  aceso a cultura, …).

Os matizes das diferenças não são insalváveis mas si são importantes, entre as duas almas que habitam nos distintos movimentos sociais, culturais, sindicais, políticos chamados a entender-se. Por uma banda, estão o sentimento nacionalista de esquerda que põe o acento no carácter nacional de Galiza mas que sabe que estamos num momento histórico onde Galiza se pode jogar a mesma existência  e já não digamos o direito a decidir ou manter um status similar ao de Catalunya e a Euskadi numa futura reforma constitucional. Por outra banda estão as pessoas que não sendo anti-nacionalistas entendem que a causa nacional galega e um problema menor  e que compre somar para derrotar as políticas da troika, as políticas do PP-PSOE.

"Em geometria a quadratura do circulo é impossível mas em política não e, neste tempo histórico, a quadratura do circulo passa pela confluência do Encontro Cidadán por unha Marea Galega e Iniciativa pola Unión"

Em geometria a quadratura do circulo é impossível mas em política não e, neste tempo histórico, a quadratura do circulo passa pela confluência do Encontro Cidadán por unha Marea Galega e Iniciativa pola Unión com o objetivo de facilitar uma única Candidatura Galega de Unidade. As duas almas rotoristas tenhem que ser capazes de entender-se, de ceder no discurso de máximos com o objetivo que Galiza/Galicia siga sendo o principal referente que nos mova sem perder de vista que há muitos problemas que não se resolverão se no Estado Espanhol não se cria uma maioria social é política que seja quem de botar abaixo as políticas neo-liberais que vão caminho de reconhecer a escravatura como um contrato laboral.

A maioria social e política que se precisa no estado pode dar-se com a formula PODEMOS + X, mas isso obrigaria a claudicação e a derrota das organizações e pessoas que não acreditam nas soluções desde um centro de decisão alheo ás realidades  das nacionalidades históricas. Dizer que se esta derrota fosse possível já a teria logrado a ideologia centralista hoje encarnada pelo  PP e o PSOE, pois ninguém pode negar que desde há séculos se está  intentando homogeneizar ao conjunto do Estado Espanhol no social, cultural e no político. A outra formula passa por aceitar esta realidade plural e tecer acordos que permitam os  câmbios a curto e meio prazo sem renunciar ao futuro que cada um de nos sonhamos. 

Ceder para avançar é sem dúvida a quadratura do circulo político. Ceder em fazer exclusivamente um discurso nacionalista para ganhar uma ampla representação que entenda a Galiza como uma nação e um sujeito político com direitos próprios entre os que estão a decisão do seu futuro dentro ou fora do estado. Ceder nas siglas para ser quem de somar desde os acordos pessoas e organizações para mudar. Ceder na criação dum único grupo parlamentar (PODEMOS+ X) para conseguir que os distintos programas de governo das forças rotoristas do Estado tenham um mesmo fio condutor, compartam parte do texto e  incluam a intenção de dotar-nos dum governo disposto a iniciar um processo rotorista com a convocatória dum referendo a nível de Estado onde se lhe pergunte aos cidadáns sobre a necessidade de iniciar a reforma constitucional; salvando deste jeito o bloqueio da sua reforma imposto pelas forças tardo-franquistas com o artigo 135 da constituição espanhola.               

Comentarios