Opinión

O desassossego da preta... sombra

Utilizava a palavra das cinco «esses» a minha avó com naturalidade ao falar comigo repreendendo-me por eu usar a sua fala a me dizer: «não fales assim» embora na minha família todos cantassemos a «PRETA» SOMBRA, «Os teus olhos», «Uma noite na eira do trigo», «De Portugal me mandaram três  pêras num ramalhinho», «Rebole o pai, rebole a mãe, rebole a filha» e muitas outras resultado da relação de irmandade Ferrol-Vila do Conde através do Coro Tojos e Flores todavia infelizmente monárquico.

Utilizava a palavra das cinco «esses» a minha avó com naturalidade ao falar comigo repreendendo-me por eu usar a sua fala a me dizer: «não fales assim» embora na minha família todos cantassemos a «PRETA» SOMBRA, «Os teus olhos», «Uma noite na eira do trigo», «De Portugal me mandaram três  pêras num ramalhinho», «Rebole o pai, rebole a mãe, rebole a filha» e muitas outras resultado da relação de irmandade Ferrol-Vila do Conde através do Coro Tojos e Flores todavia infelizmente monárquico.

O desassossego na Galiza começa pelos 4.000 milhões de Euros de impostos pagos pelas pessoas galegas no ano 2007 que não tornaram à Nossa Terra, segundo estimação de Pepe Dias; pagaramos 12.000 M€ e recuperaramos 8.000 M€, portanto o governo do Reino da Espanha nos ROUBA OU ESPÓLIA UM TERÇO do que pagamos. O que aconteceu em 2007, acontecia antes, aconteceu depois e continua a acontecer SEM PODERMOS FAZER A CONTABILIDADE, ciência exacta, porque os FLUXOS FINANCEIROS entre a Galiza e o governo de Madrid são IMPOSSÍVEIS DE SABER, SÃO SECRETOS, ao invês do que acontece com os fluxos financeiros entre o Reino da Espanha e a UE. Tudo, reitero, afirmado nos trabalhos de Pepe Dias.

"A primeira e mais grossa ESPOLIAÇÃO que sofre a Galiza a faz o CAPITAL FINANCEIRO com enclave na capital do Reino da Espanha".

A primeira e mais grossa ESPOLIAÇÃO que sofre a Galiza a faz o CAPITAL FINANCEIRO com enclave na capital do Reino da Espanha.

Podemos lembrar Jordi Pujol, president da Generalitat, a proclamar que o 60 % do investimento do CAPITAL FINANCEIRO CATALÃO fazia-se fora da Catalunha o qual nos levou a escrever a ironia «O CATALANISMO, etapa superior do capitalismo», ironia acrescentada com a defesa de Gás Natural como empresa catalana que fez Puigcercós de ERC aquando Florentino Perez vendeu FENOSA para LUCRAR 7.000 M€ e comprar a directiva do Real Madrid e Ronaldo e Kaká, da «nossa língua», por mais do que custaria financiar a construção do dique flutuante para Nanvantia (ASTANO + Bazan) e sobretudo matar, humilhar, o governo galego do BNG-PSOE e o seu projeto de promover a compra das acções que Botin tinha e sediar FENOSA para tributar na Galiza: um ato de abjeto COLONIALISMO que alguns cantam baixinho... E aquando Aznar uivou aquilo de que «LADRAMOS o nosso ressentimento pelas esquinas» foi ultrapassado pela ministra andaluza Magdalena Alvárez com a sua RACISTA proclama de «Plan Galicia de mierda». Este fenómeno de RACISMO INSTITUCIONAL contra nós continua com «galhego em sentido pejorativo» da Rosa Diez e do ZP no silêncio aquiescente, do president da Generalitat, Montilha, de Urkullu, lehendakari, da Susana Diaz, do próprio Francesc Homs e muita outra coisa, incluído infelizmente o jornal Gara.

Vejam que assim como a língua acompanha o Impêrio, o RACISMO acompanha a ESPOLIAÇÃO COLONIAL à que nos submetem. O RACISMO é condição necessária para o COLONIALIZADOR ESPOLIAR.

Estes fenómenos que tentamos descrever no concreto, achamos que têm muita mais intensidade do que o dito anti-catalanismo ou catalano-fobia das pessoas dessempregadas, pobres, oprimidas porque pensamos que é verdade que «a ideologia DOMINANTE é a ideologia da classe DOMINANTE» e a classe DOMINANTE no Reino da Espanha são os CAPITALISTAS FINANCEIROS que têm nome e apelidos, bancos, empresas e sobretudo partidos políticos que governam para o seu maior LUCRO, PP, PSOE, PNB, CiU, LUCRO que tiram da nossa ESPOLIAÇÃO COLONIAL ABSOLUTA, INTEGRAL, EM TODOS OS ÂMBITOS E POR TODO O CAPITALISMO FINANCEIRO INTERNACIONAL, direta ou indiretamente, até extremos INAUDITOS como PROIBIR CONTRUIR BARCOS DURANTE TRINTA ANOS EM ASTANO, os últimos, os quatro navios de transporte de gás liquefeito, «gasseiros», regalar os estaleiros navais de Barreras por cinco milhões de Euros ou reforçar com o presente de Nova Galicia Banco o financiamento de Banesco e porventura de Romay Beccaria à contra venezuelana representada por Capriles para a derrocada do «chavismo» continuado por Maduro, que Aznar tentara apoiando o golpe contra Chavez.
Explicar com pedagogia na nossa língua de Paulo Freire às pessoas oprimidas na Andaluzia ou Madrid, as nossas irmãs de classe como as do Gamonal [ou Gamoneira, lugar de plantas, gamão ou abrôtea] parece-nos um DEVER DEMOCRÁTICO inexcusável a começar por que a Catalunha, a Galiza e o Pais Basco têm reconhecida na Constituição espanhola e nos respeitivos Estatutos de Autonomia a categoria de NACIONALIDADE HISTÓRICA e portanto o direito de Autodeterminação incluída a SEPARAÇÃO, tudo reconhecido nas leis universais, europeias e espanholas no Pacto Internacional pelos Direitos Civís e Políticos e no Pacto Internacional pelos Direitos Económicos, Sociais e Culturais assinados e ratificados por El-Rei que tem, junto com o governo espanhol, o dever de PROMOVER o exercício desses direitos e que os direitos das pessoas oprimidas em Andaluzia ou Madrid são os mesmos direitos a defender JUNTO COM o direito à SEPARAÇÃO, e a UNIR os seus territórios, da Galiza, a Catalunha e Euskal Herria.

A luta das classes, a GUERRA das classes, a GUERRA CIVIL entre os capitalistas e o proletariado desde 1811 até 1866 pela lei que afixe a jornada de trabalho na Inglaterra-Gales, na Irlanda e na Escócia, no conceito de Marx é UMA GUERRA OFENSIVA DOS CAPITALISTAS contra o proletariado, que nunca cessa, que lhes produz os maiores LUCROS, concentração de capital e desenvolvimento do capitalismo e as mal ditas «crises» não são outra coisa que a ACENTUAÇÃO DA GUERRA OFENSIVA contra o proletariado e os países colonizados, quer dizer, GUERRA MUNDIAL que hoje só é possível ACABAR com a derrocada do CAPITALISMO e a REVOLUÇÃO MUNDIAL, revolução começada em cada minúscula e local luta, CONSTRUINDO O SOCIALISMO proclamando o soviete como fizeram na Marinha Grande (150 km N. Lisboa) em 18 de janeiro de 1934.

"No caso da Catalunha, o governo e a classe «dirigente» vão a reboque da Assemblea Nacional Catalana capaz de induzir um estado de opinião favorável à Independência" 

O aumento da consciência nacional na Catalunha, na Galiza ou em qualquer país submetido a outro em períodos de «crise» ou de acentuação da GUERRA colonial está condicionado pela organização e mobilização do proletariado, as classes trabalhadoras e os povos e sobretudo por uma CORRECTA, ACERTADA definição da luta; no caso da Catalunha, o governo e a classe «dirigente» vão a reboque da Assemblea Nacional Catalana capaz de induzir um estado de opinião favorável à Independência graças a um trabalho democrático e de base que produziu duas milionárias mobilizações em respeitivos dias 11 de setembro que OBRIGARAM governo e capitalistas financeiros a continuar o rego que está a arar o povo catalão UNIDO: governo e capitalismo financeiro catalão AMAM muito mais o seu LUCRO do que a Independência da Catalunha.

O aumento da consciência nacional na Galiza foi muito grande ao criarmos a Plataforma Cidadã da Galiza «Nunca Mais» como o demonstrara a manifestação de 1 de dezembro de 2002 e as que lhe seguiram, é só que, nós, que estávamos nas melhores condições para desenvolver e assentar essa consciência criando a Assembleia Nacional da Galiza, pessoas, entidades e instituições, encontramo-nos com a atitude de «matar o melhor que temos», a Plataforma Cidadã da Galiza «Nunca Mais», deixando-a em «letargo ativo», e assim por diante, sem que faltassem ensejos para UNIR o povo galego arredor da Autodeterminação na Assembleia Nacional da Galiza: mais de cem pessoas, entidades e instituições encomendaram ao Parlamento e o governo BNG-PSOE um Estatuto de Autonomia com direito de Autodeterminação, tudo, num democrático exercício de perguntar desde o Parlamento através da Comissão de Estudo de Reforma do Estatuto de Autonomia, processo finiquitado porque o PP não queria! Se queria o povo galego, e o povo é quem mais ordena, era pertinente criar a Assembleia Nacional da Galiza para OBRIGAR O PP a respeitar a vontade popular.

O capital financeiro nem classe dirigente nem valente, nem na Catalunha nem na Galiza onde é evidente a existência de capital financeiro e mesmo de pequena e burguesia meã, chega com os versos que lhes adicou Manuel Maria para sabermos da sua existência; falta, isso sim, uma analise de classes na Galiza que rigorice a questão, sobretudo o posicionamento político de cada classe, ou dito de outra maneira, os interesses de que classes representam PP, PSOE, AGE (Anova-EU), BNG, CporGZ e outros; saber particularmente que política representa os interesses objetivos do proletariado galego e a evolução da Galiza nos últimos trinta anos chegaria para tirar as conclusões pertinentes: ASTANO esvaziado de proletariado, eliminado o exército proletário durante trinta anos, ajudará com certeza para concluir quem defendeu ou está a defender os interesses objetivos do proletariado galego.

Em qualquer caso durante as passadas três décadas o dito nacionalismo galego e não apenas NEGOU E COMBATEU a ideia da IDENTIDADE NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL particularmente a IDENTIDADE da língua e da ORTOGRAFIA, sem falarmos da IDENTIDADE na organização e na mobilização UNIDA do proletariado e o povo galego-português submetidos à ESPOLIAÇÃO COLONIAL espanhola e internacional e por isso ficamos sem saber que a Galiza tem mais potencialidade ESTRATÉGICA do que a Catalunha para se valer por si porque para além da República portuguesa, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa acrescenta a potência da Galiza.

Que a Galiza dos anos 1940 com a sua dinámica e realidade política, económica, social, demográfica, cultural e linguística estava em melhor situação do que bascos e catalães pensava-o Castelão aquando escreveu no Sempre em Galiza «o nosso caso e MUITO mais simples do que o dos bascos e catalães», «que não ignorava as dificuldades com que toparíamos para UNIR as duas Galizas deslocadas» e que «também é seguro que a Galiza e Portugal se ajuntarão algum dia».

Que a Galiza atual, resultado de trinta anos de FALSIFICAÇÃO do pensamento de Castelão, do Sempre em Galiza, do Partido Galeguista e da Assembleia Nacionalista de Lugo, ESTÁ EM MELHOR SITUAÇÃO DO QUE A CATALUNHA, pode-o pensar qualquer pessoa que não FURTE na sua analise da Galiza a existência de Portugal e da CPLP e o potencial, DEMONSTRADO, que a atividade política de pessoas, entidades e instituições da Galiza teria para atingirmos a nossa Independência, como alcançou o Timor Leste, e UNIR AS DUAS GALIZAS DESLOCADAS, AJUNTAR A GALIZA E PORTUGAL.

Eis uma das chaves, A CHAVE que abre TODAS as portas da nossa libertação nacional e social: assumir e continuar a luta de Castelão em favor da UNIÃO da Galiza e Portugal. A chave que nos livra do PESIMISMO endémico e a falta de confiança, mesmo despreço, no proletariado e no povo galego etiquetado, SEMPRE ETIQUETAS, de «calado, resignado, sem opinião nem perfil ou alternativa própria, servo da Espanha, colaborador das suas ameaças, proibições, violências, obedientes servos de uma Espanha que nos está levando ao suicídio como povo aceleradamente»: são aplicáveis com VERDADE estes qualificativos ao proletariado de ASTANO, ao de Bazan, ao povo galego que se manifesta contra a mina d'ouro, ou a VERDADE é outra? Chave contra a FALSIFICAÇÃO que porventura explica a substituição do referente Castelão-Sempre em Galiza pelo de Rosalia de Castro: substituímos um Tratado POLÍTICO de UNIÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL pelos versos de Rosalia cantados por Amâncio Prada à viola. A nossa mais querida e UNIVERSAL poeta NUNCA poderá substituir Castelão como referente de libertação nacional e social por muito que ajude. Na Faculdade das Ciências Políticas estudaremos o Sempre em Galiza de Castelão mas não a obra de Rosalia. E o Sempre em Galiza não tem analise do proletariado galego: a palavra Ferrol aparece uma vez em todo o livro. Um livro INACABADO que ninguém continuou: «a solução do problema [do idioma galego] – tanto POLÍTICO como PEDAGÓGICO – dá-la-emos  no seu dia»: qual a solução politica e pedagógica de Castelão para o galego em que se «ESCREVE a lírica da Hispânia e se FALA no Brasil, em Portugal e nas «colónias» portuguesas» que «nos permite comunicar-nos com sessenta milhões de almas»? «Cursos de português em Santiago»? ALFABETIZAÇÃO da população galega com dicionários e gramáticas portuguesas? E qual a solução POLÍTICA para os territórios que integram a NAÇÃO QUE A GALIZA É, «O Berço e demais comarcas limítrofes de Ourense e Lugo»? E os territórios do além-Minho? Qual a solução POLÍTICA para «a reconstrução TOTAL DA NOSSA UNIDADE»? «Somentes na guerra de Portugal – JÁ FALAREMOS DISTO – se CONSUMIRAM AS VIDAS de mais de duzentos mil homens», «servimos à Coroa com 258.000 soldados»: Castelão não continuou a falar disto e ninguém continuou a falar na questão. São horas de CONTINUAR E ACABAR O INACABADO SEMPRE EM GALIZA? É tarefa individual ou colectiva?

"O desassossego que produzem os demolidores efeitos da FALSIFICAÇÃO do pensamento de Castelão tornará sossego se abrirmos o debate POLÍTICO, sindical, cidadão na Galiza e em Portugal acerca da essência do pensamento de Castelão e do nacionalismo galego desde a Assembleia Nacionalista de Lugo" 

O desassossego que produzem os demolidores efeitos da FALSIFICAÇÃO do pensamento de Castelão tornará sossego se abrirmos o debate POLÍTICO, sindical, cidadão na Galiza e em Portugal acerca da essência do pensamento de Castelão e do nacionalismo galego desde a Assembleia Nacionalista de Lugo e do pensamento dos muitos portugueses que lutaram pela UNIÃO NACIONAL da Galiza e Portugal mesmo em termos PROLETÁRIOS E DE SOCIALISMO como os que construíram e fundaram a UNIÃO OPERÁRIA GALAICO-PORTUGUESA. Isso obrigaria as pessoas galegas e portuguesas a estudar as realidades recíprocas, e a agir UNIDAS, em vez de CONTINUAR viradas de costas ou o que é pior, que em Portugal se tenha mais conhecimento, se preocupem mais de conhecer, o que acontece na Catalunha ou Euskal Herria do que acontece na Galiza. Ao invês, na Galiza MUITO da Catalunha-Euskal Herria (mesmo Escócia, Sardenha, Groenlândia, Ilhas Ferôe...) e POUCO Portugal e quase NADA Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Tudo favorecido pela FALSA consideração da SUPERIORIDADE da Catalunha ou Euskal Herria sobre a Galiza fomentada desde estas pelo «chauvinismo de nação avassalada» e mesmo racismo contra nós [não entendemos que o diretor de Gara, Inhaki Soto, NUNCA se desculpara nem evitara os exercícios de RACISMO reiteradamente feitos por diferentes e habituais jornalistas dentre eles Alberto Pradilla] que muitas pessoas INTERIORIZAMOS sem razoar a BRUTAL CENSURA a que está submetida a Galiza e tudo o que nela acontece e o destaque permanente do que acontece na Catalunha, Euskal Herria ou outros territórios do Reino.

Afirmações de destacadas pessoas acerca da superioridade do estado de opinião da Catalunha ou Euskal Herria sobre a Galiza não são justas e para além disso não são VERDADE. E ainda que fossem verdade não podem ser a EXCUSA para lhe NEGAR à Galiza os seus direitos como NAÇÃO nem aos seus habitantes os seus direitos como pessoas que é o que subtilmente se esta a espalhar. Em Portugal já foi proclamado que os direitos NÃO SE REFRENDAM, não se submetem a referendo.

Em nossa opinião, na Galiza não entendemos bem o que nos está a acontecer porque NÃO PODEMOS FAZER UM DIAGNÓSTICO CERTEIRO DA GUERRA DAS CLASSES, DA GUERRA COLONIAL que se desenvolveu, se está a desenvolver e continuará a se desenvolver. Estou a falar do proletariado e do povo galego em geral, sempre falto da consideração de que cada pessoa possui cêrebro e capacidade para processar a informação recebida para tirar as pertinentes conclusões no TERRENO POLÍTICO, quer dizer, a falta da informação ESTRATÉGICA é uma grande dificuldade para um diagnóstico CERTEIRO. Eis três exemplos: Elias Torres Feijó, Prémio Extraordinário de Doutoramento (1996) com a tese Galiza em Portugal, Portugal na Galiza através das revistas literárias. 1900-1936, em nossa humilde opinião, tinha de a publicar para conhecimento geral, como tem publicado muita outra coisa na rede: pensamos que a sua VASTA tese tem muito VALOR. Xavier Alcalá possui cartas de Ernesto Guerra da Cal de IMENSO VALOR sem as publicar para conhecimento geral. Isaac Dias Pardo, em vida, e agora os herdeiros possuem TODA a documentação da atividade nas instâncias internacionais mesmo na ONU do Conselho da Galiza no exílio, documentação que permanece SEQUESTRADA sem a Galiza atual poder conhecer as bases sobre as que sustentar a sua própira atividade internacional mesmo na ONU.

Carecemos de tudo, de muita coisa, carecemos de UNIDADE SINDICAL e de UNIDADE DA CLASSE, carecemos de pequena e burguesia meã e de classe dirigente como as fantasiamos, levamos séculos de carências embora do que não carecemos é de CONFUSÃO, INFERIORIZAÇÃO E DIVISÃO.

A Galiza leva séculos vendo perigar a sua existência sem deixar de existir, mesmo passou por períodos muito piores do que o atual no decorrer da sua história e continuou a lutar pela sua libertação nacional e continuará: é só que isto não chega, não é suficiente continuar a luta sem alcançar a liberdade, daí a necessidade de UTILIZAR TODOS OS MEIOS para o desfecho dessa luta ser a libertação nacional e social.

E a Galiza FRAGMENTADA e insuficiente leva séculos criando Assembleias, não plataformas, para se UNIR aquando a expectativa de VITÓRIA parece certa. E a Galiza leva séculos vendo EMIGRAR o seu povo trabalhador e a enigmática tristeza de Castelão torna-se grito de INDIGNAÇÃO em Rosalia, em viagem ao país dos anãos em Celso Emílio Ferreiro e em tantos outros, tantos outros pensamentos e sentimentos sem que como tarefa POLÍTICA haja o apelo «NÃO EMIGRES, LUTA NA GALIZA» ou «ORGANIZA-TE com os emigrantes portugueses» cujo hino nacional «às armas, às armas» pode inspirar viuvas de vivos e mortos prontas para em armas pegar e acabar com o desassossego da PRETA... sombra, rotas as cadeias a meio da Assembleia Nacional da Galiza e a INSURREIÇÃO. 

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