Opinión

Astano, trinta anos de colonização da Galiza

No Setor da Construção Naval, a luta do proletariado dos estaleiros navais galegos tem sido historicamente o MOTOR PRINCIPAL do barco cuja navegação acabou com o franquismo e nos aportou à DEMOCRACIA «daquela maneira». Hoje este motor está TRAVADO como consequência de políticas partidárias e/ou sindicais. 

No Setor da Construção Naval, a luta do proletariado dos estaleiros navais galegos tem sido historicamente o MOTOR PRINCIPAL do barco cuja navegação acabou com o franquismo e nos aportou à DEMOCRACIA «daquela maneira». Hoje este motor está TRAVADO como consequência de políticas partidárias e/ou sindicais. Este é um problema, o TRAVÃO da luta operária e sindical, que tem a ver com o outorgamento ao PP dos títulos de condes, duques, marqueses da DEMOCRACIA da parte da dita oposição partidária e sindical, problema que se faz mais agudo na Galiza pelo elevado número de falangistas e franquistas que aninham no PP. Não é o mesmo para a atividade política ou sindical definir como DITADURA ou TIRANIA o que o PP está a exercer do que DEMOCRACIA embora das direitas.

"Os estaleiros navais da Galiza, os de Ferrol (ASTANO-BAZAN) e os de Vigo têm experiência e tecnologia; o que não têm é proletariado empregado, têm operariado sem emprego e sobretudo não têm FINANCIAMENTO ESTATAL-PÚBLICO ILIMITADO como os da Coreia do Sul para CONSTRUIR BARCOS".

É um problema que se faz mais agudo na Galiza pela existência de Portugal: as sentinelas da UNIDADE da Espanha extremam a vigilância onde consideram maior o PERIGO de rotura da Espanha.

É um problema que se faz mais agudo na Galiza porque o imperialismo mundial encabeçado pelos EUA determinou uma DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO nos estaleiros navais de «TUDO para os da Coreia do Sul e NADA para os galego-portugueses (ASTANO-LISNAVE)»; o imperialismo estava ciente do perigo do proletariado SOCIALISTA da Revolução dos Cravos particularmente do proletariado dos estaleiros navais de LISNAVE e de que contagiasse o operariado galego nomeadamente o dos estaleiros navais de Ferrol e Vigo, numa UNIDADE cuja necessidade proclama a história e que é história com a União Operária Galaico-Portuguesa.

É um problema que se faz cada vez mais agudo na Galiza e Portugal (estaleiros navais de Ferrol-Vigo-Viana do Castelo-Lisboa-Setúbal) porque os capitalistas em épocas da mal dita CRISE CAPITALISTA [descreve melhor o que está a acontecer dizer «épocas em que se acentua a guerra do Capital contra o proletariado e os povos ou países colonizados»] agudizam mais a COLONIZAÇÃO em particular a galego-portuguesa no espaço da União Europeia e na fase do CAPITALISMO globalizado.

Cada dia nos estaleiros navais do mundo o proletariado CONSTRÓI mais barcos particularmente na Coreia do Sul. Os estaleiros navais da Galiza, os de Ferrol (ASTANO-BAZAN) e os de Vigo têm experiência e tecnologia; o que não têm é proletariado empregado, têm operariado sem emprego e sobretudo não têm FINANCIAMENTO ESTATAL-PÚBLICO ILIMITADO como os da Coreia do Sul para CONSTRUIR BARCOS.

O nulo financiamento dos estaleiros navais de Ferrol particularmente ASTANO com mais de trinta anos sem financiamento quer do governo espanhol quer do governo galego para CONSTRUIR BARCOS é um dos eixos da política COLONIAL OU COLONIALISMO a que submetem à Galiza cujo alvo principal é derrotar a LUTA do proletariado, preso no DESEMPREGO, MOTOR PRINCIPAL da liberdade nacional e social da Nossa Terra.

A política de COLONIZAÇÃO da Galiza da parte dos EUA, UE, governo espanhol e governo galego tem particularidades sempre DIVISIONISTAS, sempre CONTRÁRIAS à máxima de Carlos Marx «proletariado de todos os países, UNI-VOS!» para derrubar as fronteiras que DIVIDEM o proletariado, «a começar pela fronteira que DIVIDE a Galiza de Portugal» que disse a máxima da União Operária Galaico-Portuguesa concretizando a de Marx, sempre procurando políticas que enfrentem o proletariado galego com o português, o de Vigo com o de Ferrol, o de Bazan com o de ASTANO, o de Navantia de Cartagena e Cádis com o de Ferrol…

"O nulo financiamento dos estaleiros navais de Ferrol particularmente ASTANO com mais de trinta anos sem financiamento quer do governo espanhol quer do governo galego para CONSTRUIR BARCOS é um dos eixos da política colonial"

Madrid só se ocupa do interesse do IMPERIALISMO mundial particularizado nos seus interesses IMPERIALISTAS locais. Para o Reino da Espanha tem interesse ESTRATÉGICO impedir a União Operária Galaico-Portuguesa porque é IMPEDIR A UNIÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL e daí que priorize a Baia de Cádis ou qualquer outra como aríete contra nós; já acontecia no franquismo com Puerto Real contra ASTANO pelo perigo que significamos do que os Franco, Francisco e Nicolás, e o falangista Suevos tinham esclarecida consciência e sobretudo praxe em Portugal.

E isto tem sido assim com governos de distinto signo político em Madrid, PSOE-PP, e mesmo galegos com o PSOE-BNG: o compromisso do Anjo Quintana com ASTANO galego, público e com o concurso dos trabalhadores, claramente VIOLADO pelo Conselheiro de Indústria, Fernando Blanco.

A política de COLONIZAÇÃO de Madrid agudiza-se a dia de hoje, indistinta, sem máscara, proclamada, pela posição pública de Rubalcaba CONTRÁRIA ao direito de autodeterminação da Catalunha: negar a democracia e a legalidade internacional assinada e ratificada pelo Reino da Espanha!

Nos LUCROS de Navantia-Ferrol face as perdas de Cádis-Cartagena perdemos ou NÃO UTILIZAMOS uma possante arma DEMOCRÁTICA como é DENUNCIAR A CORRUPÇÃO de almirantes e generais na compra-venda-construção de armamento da que o submarino a construir em Cartagena e as perdas de Cádis são CLAMOROSOS INDICADORES.

São horas de tomarmos consciência de onde está o fulcro da solução política para a Galiza: na UNIÃO DO PROLETARIADO E DO POVO GALEGO criando a Assembleia Nacional da Galiza para CONSTRUIR O BARCO cujo MOTOR PRINCIPAL, a luta do proletariado galego, o faça navegar com rumo certo para a derrocada do PP e o exercício do nosso direito legal à livre determinação para a Galiza independente decidir livre a UNIÃO DA GALIZA COM PORTUGAL. 

MANUEL LOPES ZEBRAL foi operário de ASTANO desde 1974, despedido por Decreto de El-Rei e F. González em 1985