Opinión

Avançamos cara trás, e jà fartamos

Achamos que questiões que semelhavam que iam avançando como a eliminação da LGBTIfobia reponta nas aulas, junto aos atitudes heteropatriarcais que surgem nas ruas, nas baiucas onde vamos de lazer, nos Campus Universitários e Faculdades, nas organizações sociais, sindicais e políticas, é pelo que ponhemos em pé de guerra.

Achamos que questiões que semelhavam que iam avançando como a eliminação da LGBTIfobia reponta nas aulas, junto aos atitudes heteropatriarcais que surgem nas ruas, nas baiucas onde vamos de lazer, nos Campus Universitários e Faculdades, nas organizações sociais, sindicais e políticas, é pelo que ponhemos em pé de guerra.

"Muitas vezes leio e a própria pronúncia desacouga-me e mesmo me aborrezo pois para os olhos das pessoas que nem se interrogam se é real debruçam uma realidade atenuada".

Muitas vezes leio e a própria pronúncia desacouga-me e mesmo me aborrezo pois para os olhos das pessoas que nem se interrogam se é real debruçam uma realidade atenuada.

Som machismos imensos, densos, tensos e intragáveis.

Possa ser que algumas destas pessoas partilhem com nós tempos e espaços nos quais os activismos nos une, mais pergunto-lhes que se estarão dispostas a se desfazer e desconstruir para serem pessoas feministas.

Estivem no Uruguai, encantou-me o Paisito, mais sem ser eu essencialista que acontece na esquerda, na sua praxe quando se atenua as vindicações legítimas das Mulheres a prol dum bem comum, quando nas estruturas guvernamentais a representação delas, de todas nós, fica relegada a uma questão menor.

Lá a batalha é projetada por Constanza Moreira, apoiada pelas mulheres combativas do Frente Amplio. Elas sabem que independentemente das origens partidárias têm reptos e compromissos conjuntos, sabem que uma outra política é necessária, é possível e lutam por esse seu, nosso, objectivo comum: a eliminação do sistema heteropatriarcal.

Mas qual é o nosso quefazer imediato? Qual deve ser a nossa resposta e ação? 

"É um travalho individual mais também coletivo, um ejercício de visibilizar as atitudes heteropatriarcais, as que nos afogam e prentedem a nós  infantilizando a nossa presencia e o que é mais grave a nossa própria autonomia".

É um travalho individual mais também coletivo, um ejercício de visibilizar as atitudes heteropatriarcais, as que nos afogam e prentedem a nós infantilizando a nossa presencia e o que é mais grave a nossa própria autonomia.

De pouco vale que as entidades sociais, políticas e sindicais tenham nos seus argumentários declarações grandiloquentes a favor da eliminação do Heteropatriarcado, da eliminação da LGBTQIfobia, se a realidade actual e anterior constata que a sua praxe segue a manter uma estrutura de poder hegemónicamente machista. De nada serve que escrita e acção não se façam desde a vivência, também crença e querença, de ser opresor sobre as que nos sentimos oprimidas. Olho, não falo das estruturas da direita, das ancoradas na tradição judeo-cristã ou no nacional-catolicismo, expresso-me com intencionalidade deconstrutora cara as entidades e organizações que acreditam que nos vão libertar.

Protestamos, concentrámos-nos e manifestámos-nos em contra do recorte dos nossos direitos, das nossas liberdades, e é verdade mas não chega, não nos chega nen satisfaz plenamente quando na concorrência das citas e eventos participamos com pessoas Companheiras que pensam em mudar a realidade mas não toda.

Fazem-se planejamentos de que no objectivo de xis tempo as representações atenderão à democracia paritária, à igualdade e respeito. Fazem-se estas declarações desde um pensar que isto fica bem, obxetivo cumprido, tolerância progre. Mas não, não passamos nem uma mais moratória.

"Ou começam a deconstruir ou algumas estamos dispostar a visibilizar estas eivas, a criar sinergias capazes de construir umas novas relações, de organizar-nos de modo menos apequenante".

Ou começam a deconstruir ou algumas estamos dispostar a visibilizar estas eivas, a criar sinergias capazes de construir umas novas relações, de organizar-nos de modo menos apequenante.

O Uruguai  agasalhou-me com a observação de se a esquerda renovadora e emancipatoria não faz o trabalho de igualdade prévio a assunção de governo não será quem de ser emacipatória de Todas e Todos nós. Alá, como aqui, poderá devir uma pessoa governante que recolha as vindicações feministas e fará praxe feminista, poderá vir outra que desfaça e nos aniquile qual direita rançida fizer.

Na nossa Mátria a lição foi dada. Levamos dois anos as mulheres deste País in-soberano exemplificando que nós sim somos capazes de olhar o presente e construir o nosso futuro desde a soridade, cada uma de nós com as nossas bandeiras mas todas unidas em atendimento aos objectivos que nos propomos construir.

O futuro fez presente e o presente é nosso. O presente é lilá.

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