Opinión

A seleçom espanhola como estratégia política na Galiza

Nom se pode misturar a política com o desporto. Mas sim se pode ligar o desporto com a política?
Durante os últimos anos, estamos habituados a escuitar diferentes versons sobre a política e o desporto. 

Nom se pode misturar a política com o desporto. Mas sim se pode ligar o desporto com a política?
Durante os últimos anos, estamos habituados a escuitar diferentes versons sobre a política e o desporto. Ajudados ou ocultos continuamente polos meios de comunicaçom, os “grandes” peritos em jornalismo desportivo criticam freqüentemente que se liguem esses dous conceitos que, a priori, parecem totalmente diferentes. Exemplos de demagogia jornalística podem ser: Joan Laporta (Ex-presidente do Barça e posteriormente ex-deputado no Parlamento catalám) foi duramente criticado por presidir umha entidade desportiva com fins políticos, ou David Cal (palista canguês com 5 medalhas olímpicas) como foi continuamente louvado por utilizar a sua fama desportiva para tentar ser vereador do Partido Popular na vila de Cangas do Morraço.

"Quando os desportistas jogam umha final, seja em futebol, baloncesto ou ténis, sempre tenhem a autoridades políticas de máximo nível nas bancadas".

Que o desporto e a política costumam ir de maos dadas é umha evidência mais do que palpável. Quando @s desportistas tenhem sucesso, dos primeiros que recebem elogios é dos políticos. Quando os desportistas jogam umha final, seja em futebol, baloncesto ou ténis, sempre tenhem a autoridades políticas de máximo nível nas bancadas. Se bem é certo que um desportista a nível individual se representas a ele próprio, quando falamos de coletivos representando o seu “país” estamos a misturá-lo todo.

Nerom, imperador romano, já resumiu perfeitamente o que estamos a viver na atualidade com a célebre expressom “pam e circo”. Enquanto o povo trabalhador sofre as conseqüências da crise sistémica mundial, ajudados polos estados capitalistas, o desporto-espetáculo proporciona-lhe a diversom e a distraçom suficiente para  desviar ou paliar as preocupaçons dos verdadeiros problemas. Daí que os Alonso, Nadal, Gasol, Iniesta... sejam um alívio e um respiro para as políticas reacionárias de governos como o de Mariano Rajói.

Porém, o desporto também pode servir como elemento aglutinador e de coesom. Eis umha estratégia muito útil para continuar a espanholizar os territórios que nom se deixam assimilar: Catalunha, Euskal Herria e Galiza. Cada umha com as suas caraterísticas, cada umha com as suas soluçons.
Há três anos o povo basco se alarmou e saiu às ruas com motivo de que “La Vuelta España” passará polo seu território 33 anos depois da última ocassom, é hora de que também o povo galego seja consciente do assédio espanholizador que estamos a viver.

"Nom podemos permitir é que a seleçom espanhola, “La Roja”, contribua para destruiçom da nossa naçom. O Partido Popular está a empregar o desporto como estratégia politica na Galiza".

Já nom é só ter “La vuelta a España” praticamente todos os anos, o Estado espanhol está a exibir a melhor das suas propagandas unionistas: “La Roja”. Nos últimos anos, aproveitando a época dourada do desporto, e sob a estratégia “Pam e circo”, a seleçom “La Roja” está presente em todas as nossas cidades e vilas. Em Andebol em Cangas do Morraço, Baloncesto na Corunha, “la rojita” em Ourense ou Ferrol, e “La Roja” em Ponte Vedra ou Vigo. Será por acaso? O Partido Popular de Feijó e Rajói tenhem da mao do desporto a sua estratégia politica: espanholizar os galegos e galegas ou, o que é o mesmo, que a Naçom Galega desapareça.

Por isso, e ainda sem entrar nas irregularidades e subsídios que a Deputaçom de Ponte Vedra ou o Concelho de Vigo pagam por este tipo de eventos, sem entrar em que à nossa seleçom, a Galega, nom lhe é permitido jogar partidos oficiais (nem que sejam amigáveis), o que nom podemos permitir é que a seleçom espanhola, “La Roja”, contribua para destruiçom da nossa naçom. O Partido Popular está a empregar o desporto como estratégia politica na Galiza.

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