Opinión

Voltar polo natal

[Nemésio Barxa]

Refiro-me à volta, quanto antes e sem ficar sujeito a efemérides, de todos aqueles democratas que fugindo da repressão franquista ou para lutar em Europa contra o fascismo, morrerem no estrangeiro.

Inaceitável que o Ministério de Defensa repatrie os cadáveres de vários membros da División Azul que, em definitiva foram a lutar à beira dos alemães e a favor do fascismo, e não se outorgue o mesmo trato a republicanos fugidos da repressão franquista, que lutaram a prol dos patriotas democratas europeus e contra o fascismo. O Governo espanhol em 1982 deveria ter manifestado em carta aberta às mulheres e homens que seguiam vivos no exilio, que esse, o dia das eleições democráticas, era seu dia solidarizando-se com seu sofrimento nos campos de acolhida franceses e logo a repressão com a ocupação alemã e a entrega a Franco de distinguidos exiliados e outros aos campos de concentração nazi, como ocorreu com o próprio Lago Caballero. Exiliados morrem dous presidentes da República, Niceto Alcalá Zamora e Manuel Azaña, este e quatro chefes de Governo, designadamente José Giral, Largo Caballero, Juan Negrin e Martínez Barrios, juristas como Jiménez de Asua, escritores como Antonio Machado, Max Aub e outros, democratas todos eles, ainda soterrados em terra alheia e que merecem voltar. Havemos falar dos nacionalistas galegos.

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