Opinión

Ribeira Sacra

[Nemésio Barxa]

Difuminada no desleixo e na atividade destrutora do homem a ilusão por conseguir para uma terra tão fermosa como a Ribeira Sacra do título de Património da Humanidade. A solicitude feita no seu dia não conseguiu ser aprovada; polo contrário o informe emitido foi demolidor porque todo o espaço sofrera evidentes alterações devidas á atividade depredadora humana: mineria a céu aberto, património em ruinas ou deficientemente reconstruído, aerogeradores e outros que mudaram a fisionomia natural do território; entre eles, e aqui discrepo, a construção de barragens que constitui um dos seus atrativos. Difícil resultaria, no caso de apresentar de novo a candidatura, superar as eivas que sinala o informe de tão agressivos como se manifestam e desde logo qualquer atuação reparadora levaria seu tempo. Mas chegou o golpe de graça (graça não tem nenhuma) com o pavoroso incendio que arrasou 1.500 has. de arvoredo, consequência ao parecer da maldade humana e também do desleixo da Xunta em lavouras de prevenção, e que vai deixar pegada persistente por muitos anos nessa terra de vinicultura heroica em orografia extrema e que não merecem seus homens e mulheres tanto desinteresse.

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