Opinión

Repressão

[Nemésio Barxa]

Nos últimos anos do tardo franquismo as forças repressivas incrementaram sua atividade, tal vez para segurar o controlo da oposição mais ativa, na procura de uma continuidade política post mortem do ditador (que conseguirem); e dentro de esse cenário se demarca o operativo seguido contra o nacionalismo que culminou nos sucessos do 12.08.75 com o assassinato de Moncho Reboiras e o acosso e perseguição de todos os nacionalistas conhecidos ou imaginados.

Não forom atividades improvisadas senão previa (inda que torpemente) preparadas, pois só assim se explica que na noite do assassinato de Reboiras juntassem no Ferrol (segundo jornais da época) entre 100 e 200 policias para rodear o edifício onde residia Reboiras e sua perseguição até meter-lhe três balaços polas costas mentras fugia e deixa-lo dessangrar-se no interior do portal, onde se refugiou, até morrer; operativo também despregado em outras localidades.

Mais de quarenta anos depois pouco mudou e assim meu amigo Miguel Garcia Nogales, nacionalista, estudante brilhante, licenciado, trabalhador, pai de família, passa de dous anos que fica em prisão provisoria, longe dos seus, sem recursos, e inda sem conhecer acusação nem data de juiço. Não é o único nesta situação. A repressão continua.

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