Opinión

Punhetas inclementes

[Nemésio Barxa]

Nem o desbocado evoluir de pandemia aparca o enfrentamento entre os diversos protagonistas políticos, somando-se aos representantes do povo os togados e os espadões, distraindo forças e acordos realmente necessários para pôr remédio a esta incerteza de economia e saúde.

Os togados, que tanto no regime monárquico anterior à II República como na ditadura franquista e na monarquia restaurada por Franco, serviam os governos como elemento legitimador da repressão (Julgados de Responsabilidades políticas, Tribunais militares, TOP, Audiencia Nacional, etc.) colherem gosto a ser protagonistas a partir do estatuto, e especialmente do proces, catalão, intervindo e interferindo na vida política tomando decisões em contra da vontade do povo e dos seus representantes eleitos às que se suma ultimamente a inabilitação de Bernat Sole, organizador da campanha as eleições de ERC, e a guinda de manter a data inicial de eleições em contra do acordo maioritário do Parlament de todos os grupos, excepto um, ao que lhe dá polo gosto, penso que não por simpatia senão porque pode botar o pulso ao nacionalismo e fazer favor à monarquia.

Claramente o interesse público é outro e a situação sanitária exigia esse aprazamento. A punheta é a renda que levam os togados na boca manga.

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