Opinión

Prórrogas ilegais

[Nemésio Barxa]

A última declarada como tal, neste caso pola Comissão Europeia, foi a da autoestrada AP-9, Tui-A Coruña e Ferrol. Esta prórroga foi outorgada polo governo de Aznar (que privatizou a empresa) sem concurso público no ano 2000 e até 2048, a favor da já concessionaria Audasa. Teve que ser um coletivo da sociedade civil quem apresentara a denúncia em Bruxelas há mais de 2 anos, como meio de rematar com a portagem, para que se chegasse a este resultado, ao que foi totalmente alheia a Xunta, que só agora tomou a decisão de solicitar o traspasso da autoestrada a Galiza e que se está a tratar no Congresso, embarulhado polas modificações que na discussão introduzirem tanto PP como PSOE.  

A anterior foi a da empresa pasteira Ence, prórroga concedida em 2016 igualmente por um governo do PP, Sr. Rajoy, em funções e a toda presa, nada menos que por 60 anos, na que já se intuíam interesses industriais, políticos, governamentais, ligados a ministros e altos cargos do PP no Conselho de Administração de Ence. Também um coletivo cidadão, Associação pola Defensa da Ria, manteve a reclamação, neste caso liderada pelo Concelho de Pontevedra, e com a oposição da Xunta e inicialmente do Governo de Espanha (ambos do PP). A Audiencia Nacional anulou a prorroga.

Em ambos os casos o resultado não é definitivo. E Galiza segue a esperar.

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