Opinión

Pandereteiras ou cantareiras

[Nemésio Barxa]

Palavras que nos acomodavam a um conceito de folclorismo mas que a partir de agora, e por graça das Tanxugueiras, passa a ser também palavra de dignidade, elaborada desde o povo, desde o sentimento do próprio, do idioma, sem reproches nem justa rebeldia, mas deixando muito claro que estão reivindicando o seu, o nosso, idioma. E resulta indignam-te que ante esta manifestação clara sem outros interesses que o de dar a conhecer o idioma próprio, tenha o Sr. Feijoo, um dos mais nefastos linguicidas do galego, a desvergonha de manifestar-se como adalid do grupo e crítico do chanchulho do premio, em interessada publicidade, em vez de aprender algo sobre dignidade. Podemos obter lições, uma delas que não é a população espanhola a que rejeita os idiomas periféricos, pois em voto popular ganhou Terra fazendo bom seu estribilho de que não há fronteiras, são politicastros acomplexados que destilam intolerância no cidadão. Bem-vinda Carla Simón com seu Osso de Ouro na Berlinale que no mesmo sentido dize esperar que gracias a Alcarràs muita gente descubra o catalão. 

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