Opinión

Morrer matando

[Nemésio Barxa]

O símil chegou-me inevitável no resultado das eleições catalanas. O PDCat rescindiu-se de JxC, considerando-se herdeiro auténtico da velha Convergência e apresentando-se em solitário na corrida eleitoral. O resultado foi sua morte política, o não conseguir representação parlamentar, e matando as esperanças do núcleo principal de liderar ou igualar a bancada nacionalista, ao restar-lhe votos, por ser o mesmo nicho de eleitores, com os que houvera conseguido polo menos um escano mais e chegar aos 33, como RC e PSC.

Pessoalismos, vaidades ou erros sem peso ideológico que podem abalar um projeto, especialmente nos casos de febleza, como passou várias vezes no movimento nacionalista galego, pessoas ou grupúsculos aventureiros, sem outro designo que a utopia, que se rescindirem do projeto que tanto custou apontalar e que leva mais de setenta anos mantendo o facho da independência. Artur Mas, inda que tarde, reconheceu seu erro e retoma o diálogo. Vai sendo tempo de que retornem a totalidade dos nacionalistas (esquerdas ou direitas) que sem sucesso abandonaram a casa comum.

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