Opinión

Matinando

Tratamos de superar este monótono tempo de confinamento imaginando esperançados (pois algo de esperança há que pôr á inatividade) como seremos depois de esta terrível prova confiando que teremos reflexionado bastante como para ser humanamente melhores, pois neste tempo de penúria temos exemplos de generosidade e abnegação.

Felizmente as pessoas ou instituições ou empresas que agora nos mostram sua generosidade e abnegação já eram abnegadas e generosas antes da pandemia e antes de que o panorama social e sanitário forçasse a evidencia de um sentimento que já existia; do mesmo jeito que, infelizmente os solidários, os corruptos, os escuros, os malfeitores se nos mostram na sua plenitude e verdadeira face.

Seguramente a geopolítica e potencias dominantes mundiais sofram modificações. Mas alguém se imagina o senhor Feixóo outorgando à língua galega o rango e utilidade que lhe corresponde, ou respeitando a identidade e pessoalidade da Galiza, ou desprivatizando sanidade, educação e demais serviços públicos por ele privatizados ou desculpando-se de ter despojado aos galegos do seu património das caixas de aforros ou das suas amizades “doradas” ou em petróleos mexicanos? Tampouco ao senhor Casado renunciando às suas políticas neoliberais e antinacionalistas. Nem ao senhor Abascal desistindo das suas propostas anticonstitucionais e no recorte nos direitos humanos. O Borbón também seguirá no seu.

De saída, os bons seguirão sendo bons, os maus desalmados e os paganos da crise seremos os de sempre, a classe média, pois a proletário não tem espaço para piorar.

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