Opinión

Infalibilidade

[Nemésio Barxa]

A infalibilidade do Papa foi definida no Concilio Vaticano I no 1.870, só em matéria de fé e moral, baixo o rango de “solene definição pontifícia” ou “declaração ex-cátedra”; e uma única vez foi empregada, por Pio XII em 1.950, no dogma da Assunção da Virgem. Fora disso o Papa não goza da inerrabilidade, o Papa pode errar. Desde meu laicismo penso que nessa consideração deve buscar amparo um movimento crítico contra diversas atitudes do Papa Francisco, provavelmente o mais humano de todos os Papas que eu conheci (de Pio XII em adiante). O Papa pode errar em todo aquelo que não é infalível. E os integristas bispos galegos (desgraçadamente também outros) consideram que o Papa erra quando predica amor e o reconhece incluso entre pessoas do mesmo sexo, quando predica caridade, solidariedade, perdão, quando se comporta com toda a humanidade que se deve exigir a um bom cristiano, quando reage ás circunstâncias com coração aberto. Lembra-me que Prisciliano, que também instava á Igreja a abandonar a opulência, condenava a escravidão e concedia importância e liberdade á mulher, foi condenado a morte polos subornos e traições dos prelados hispanos.

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