Opinión

Há Pirenéus

[Nemésio Barxa] 

Lamentavelmente, apesar de ter-se integrado o anacrónico reino espanhol na União Europeia, segue vigente aquele dito tão fachendoso no Fraquismo de que inda há Pirineus. Decorridos mais de 35 anos desde a Acta de Adesão, as diferenças entre o reino de Espanha e o resto dos países europeus (não só na forma de Estado) seguem resultando evidentes. Tristemente no conceito de Justiça que existe a uma e a outra beira dos Pirenéus que, semelha, seguem a nos dividir do conceito de justiça mais comum no resto do Continente. E inda mais reprovável que se insista na carpetovetónica atitude do “sontenella y no emendalla”.

Em matéria de direitos humanos os tribunais espanhóis receberam várias sentenças revogatórias dos tribunais da UE. Em toda a problemática judicial montada com motivo do procés as resoluções judiciais espanholas, especialmente em temas de liberdade e opinião, foram maioritariamente desestimadas apesar da reiteração, insistência e exploração de novas vias. Agora o ínclito magistrado Pablo Llarena sofre um novo rejeitamento, já definitivo, da sua solicitude de extradição do exconselheiro de Puigdemont, Lluis Puig, por parte da Justiça belga.

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