Opinión

Futuro incerto

[Nemésio Barxa]

Ao parecer estamos saindo do túnel em que nos fechou a pandemia e primeiro cometido, depois da saúde do pessoal, será a recuperação económica, polo que a indústria e em geral a economia devem preparar-se para reaver o tempo perdido que, além das ajudas para pequenos negócios e autónomos, passa por medidas de resgate da indústria básica, nomeadamente a indústria pesqueira, a transformadora e extrativa, a construção naval e a agricultura e ganadaria, etc. Suspeitoso e desesperançador resulta que a Xunta para gerir os fundos europeus (Next Generation) que nos ajudaram à recuperação económica, crie uma “Sociedade para o desenvolvimento de projetos estratégicos da Galiza”, integrada por ela mesma e três empresas privadas, que nada tenhem que ver com a economia produtiva galega, como são Abanca, Sogama e Reganosa, com perfis claramente financeiro, especulativo e contaminante, que dificilmente terão experiência nem sensibilidade para prestar assessoramento e liderar a recuperação das novas atividades empresariais, enquanto se prescinde da empresa privada, galega e produtiva, e das entidades sociais.

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