Opinión

Escándalo

[Nemésio Barxa]

Apesar de que a Fiscalia do TS havia comunicado aos advogados de Juan Carlos Borbom que ocultava benefícios de comissões em paraísos fiscais, agora prepara um Decreto de arquivo das três diligencias de investigação polos presuntos feitos de cobro de comissões, uso de tarjetas de crédito opacas e a existência de uma conta com 10 millóns a seu nome no paraíso fiscal da ilha Jersey; arquivo que argumenta num elaborado encaixe de bolilhos onde se misturam escusas de inviolabilidade quando exercia de rei, prescrição de alguns feitos e regularizações fiscales realizadas, ainda reconhecendo que havia sido avisado da existência de diligencias na sua contra, circunstancia que impede que a regularização posterior evite a investigação por delito. A corrupção neste Estado espanhol não vende. Na República francesa, Sarkozy (paradigma e exemplo para o PP) sofreu duas condenas por corrupto, não existiu encaixe de bolilhos; e na República austríaca o Presidente apresentou renuncia polos mesmos feitos. Nas Repúblicas que os mais colonialistas chamam depreciativamente “bananeras”, Fiscalias de Chile e Ecuador abriram diligencias de investigação contra os presidentes Sebastian Piñera, e  Guillermo Laso, por sua presença nos “pandora papers” aos que não é alheio o emérito.

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