Opinión

Cimeira social

[Nemésio Barxa]

Já falara num destes editoriais da Cimeira Social Europeia que agora (sexta e sábado) se está a realizar na cidade de Porto. Cimeira de chefes de Estado e chefes de Governo dos países que integram a EU, e da importância que se pretenda da ideia de que só faltam á cita Alemanha, Holanda e Malta, todos por mor da Covid-19.

A EU quere passar à ação e aspira a impulsar a implantação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, articulado em 20 princípios e direitos clave para apoiar uns mercados de trabalho que funcionem bem e sejam justos e que os líderes se comprometam a cumprir metas concretas de emprego, formação profissional e redução da pobreza e da exclusão social. Infelizmente os líderes já expuseram as divisões sobre o papel na construção de uma sociedade mais equitativa. E a pesar do otimismo do presidente do Conselho europeu, que confia numa mensagem forte de que é preciso um novo paradigma social, que a bussola europeia não pode ser o PIB e que deve ter em conta acima de todo o bem-estar dos cidadãos, o relator especial da ONU de Direitos humanos afirma que o Plano de ação da EU carece claramente de ambição e sinala que 700.000 pessoas em Europa dormem á intempérie cada noite e mais de 20 milhões de trabalhadores vivem na pobreza.

Provavelmente um gasto inútil.

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