Opinión

Brinde ao sol

[Nemésio Barxa] 

A declaração televisiva do presidente do Governo proporcionou cero grau de optimismo aos que estávamos decididos a aceitar propostas nos aspectos sanitários, económico e social. Mas as respostas às perguntas dos meios jornalísticos foram decepcionantes, baleiras e escapistas. Diríamos, de falabarato. A posta em cena tampouco foi a mais adequada, com uma coroa real como fundo, que nos fazia lembrar que o monarca em épocas tristes de fome e desesperação da cidadania espanhola andava a matar elefantes e a regalar 60 milhões de dólares opacos a uma amante, dinheiro que tão necessário era para os espanhóis sem emprego e sem teto. Tampouco pareceu o mais aceitável que passasse no bico dos pés sem molhar-se sobre a pergunta que se efetua sobre a renúncia à herança do atual rei ao dinheiro do pai obtido obscuramente, que em definitiva não é mais que um simples brinde ao sol e tratar de curar-se em saúde. Chama a atenção que isto sai-se à luz num momento em que a povoação está preocupada e pendente da evolução do coronavirus. 

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