Opinión

Alfonso Paz-Andrade

[Nemésio Barxa]

Na quarta passada escutávamos, emocionados, um numeroso grupo de amigos versos do "Pranto Matricial", de Valentin Paz Andrade, na voz dos seus netos Valente e Sabela no funeral de seu pai Alfonso. De novo Galiza perde outro pessoeiro desta saga familiar, dos poucos bons e generosos que ainda vão ficando. Mas eu não quero fazer um obituário a este querido amigo senão dar notícia e homenagear aos múltiples editoriais que Alfonso escrevia mês a mês na centenária Revista IP (Indústrias Pesqueras. Revista Marítima) fundada por Valentin e que desde o seu passamento dirigia Alfonso. A Revista é uma janela aberta ao mundo (e distribuída no mundo) de toda a atividade marítima ligada aos interesses e necessidades da Galiza; e os editoriais um estudo preciso e consciencioso, uma análise meditada do que Galiza significava, precisava ou se via afetada polo evoluir político, legislativo e técnico de toda a indústria marítima. Magníficos editoriais, sempre de atualidade, que mais de uma vez comentamos, antes ou depois da sua publicação e que dignificava o peso do sector marítimo galego. Não Sabela, não vai voltar polo mar porque teu pai segue vivo em nós.

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