[Nemésio Barxa]
Vivemos um mundo convulso e imprevisível. Setenta e sete anos depois da derrota do fascismo (em Europa, pois nos ainda o seguimos padecendo por trinta anos mais reais e quarenta e tal dissimulado) e da face horrível dos seus crimes contra a humanidade aparece um novo ressurgir de algo que só durante este tempo se mantive dormido, e não em hibernação senão ao assexo. A expansão por Europa parece imparável, primeiro com presença nos Parlamentos de dezaseis estados europeus e agora incluso ao frente de governos como os de Polonia, Hungria, Eslovénia, ultimamente Itália e pendentes do que pode passar em Suécia, medra incluso em Portugal com o Chega, ainda que com êxitos em recentes eleições, parece que retrocede em Espanha depois dos lios internos e as declarações de vários de militantes prominentes que formalizarem sua baixa e manifestarem como VOX mais que um partido político era uma empresa para enriquecer aos fundadores. A Direita trata de radicalizar-se para competir com sua extrema e lança proclamas falidas como a de Liz Truss em Inglaterra, alabada e assumida por Isabel Diaz Ayuso em Madrid e na linha das enganosas propostas do PP. Resulta imprescindível o rearme das políticas de progresso e bem-estar petando na alma do povo, como dizia Castelao.
