Opinión

Gratitude. Bençóns. Esperança

Tras dous intensos e especiais anos, e despois de máis de 100 terzas feiras e os correspondentes artigos de opinión, chega o momento de facer unha pausa e dar paso a novas voces que continúen a ofrecer á comunidade lectora visións particulares do mundo desde a Galiza, e que contribúan a manter unha versión coral e diversa de opinións. Foi, para xa, unha oportunidade privilexiada, a de poder abrir unha xanela de comunicación con tantas persoas subscritoras e lectoras, amizades nalgúns casos, e poder transitar por temas diversos, con maior ou menor acerto, desde unha óptica subxectiva, mais tentando a honestidade intelectual e a máxima empatía posíbel, nestes tempos tan atribulados que nos cadrou vivir. Inmensamente grato ao Nós Diario por me abrir agarimosamente as súas páxinas todas as semanas desde o número 1 do xornal, e me dar a oportunidade de facer parte do proxecto.

Bençóns para tal projeto jornalístico, tam ilusionante como necessário. Uma das maiores empresas que o galeguismo tem feito na sua já secular história. Um sonho e empenho que as e os nossos patriotas antepassados alumiaram como objetivo fundacional e que foram conseguindo, embora de forma parcial: O Tío Marcos da Portela, o A Fouce, a Nós, o A Nosa Terra, e outros tantos con menos sucesso. E assim até aos nossos dias, onde o sonho é já uma realidade robusta, útil, imprescindível. A criaçóm dum espaço comunicativo próprio, legítimo, independente, soberano, galego e internacional. Solidário. A verdadeira Voz dos interesses do país. A que derrubou e derruba, a diário, a vedaçóm informativa que tantos e tantas galegas levamos sofrendo, pagada com os nossos próprios impostos.

E, finalmente, esperança. Por esta verdadeira janela de oportunidades. Con confiança no país, nas suas gentes. Na sua cultura, no seu idioma, na sua tradição, essa eternidade que descrevera o Guieiro. Na continuidade histórica da Galiza. Vimos de longe, de muito longe, e imos também para longe. Con grandes convulsões ao longo de tantos séculos. Mas mantendo a bandeira erguida, a pesar dos ataques furiosos ao nosso povo, que está vivo e reage. Esperança também no devir do nosso idioma milenário, pilar central da nosa identidade e voz genuína da nossa nação. Porque, a pesar dos pesares, continúa a viver em nós e, com independência da sua grafia, quer emprestada quer autóctone quer internacional –em todas elas me recoheço– tem viçoso futuro. Até sempre!

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