Opinión

'Irmãs unidas', por Laura Bugalho

Escrevo sem saber se atinarei com as palavras axeitadas, sem saber se humildemente acharei as pontes, as canles em pé sem olha-las destruídas. Parto de reconhecer-me sempre a última da ringleira, a que não anceia nem mais protagonismo que uma anónima desconhecida. Construímos de vagar, de xeito coletivo, um movimento capaz de ser a ferramenta que pode debrocar a amarga pegada do capitalismo.

Fizemos de nós chaves proletárias para abrir fendas no patriarcado, no heteropatriarcado. É cumplicado o pano da escena. Dividir forças é uma desgraça. Para o patriarcado é sabor de vitória e isto a bem seguro passará fatura. Não entendo quais são os motivos, não nego que possam ser fundamentados com milheiros de argumentos. Mas sei que nada é tão sólido perse para olhar a distância que erradamente significa o facto.

Para mim, Galiza foi terra de convivência feminista, olhei como o meu ser e existir transfeminista encontrou amor e benquerença. Não olhei exclusões para sentir a quem me dava sua mão mais que gratidão e esperança. Não entendo os protagonismos pois acho que xordem da estrutura fonda patriarcal.

Nem rivalidades, se o campo é tudo nosso por que os minifúndios? Reconheço feridas alheias e próprias de pessoas que geram xenreira, ódio á diversidade. Nego à maior, Galiza não é território, nem Mátria para as que precisam o apartheid das diferentes, das diversas.

O feminismo é acolhida, sabe das diferenças no seu seio mais é a leitura revolucionária de unir, unir e unir. Olhemos-nos, reflexionemos e atuemos: A fim do patriarcado, do hetetopatriarcado será possível na união sem premisas de todas as pessoas que estamos na luta.

Laura Bugalho, (Brión)

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