Opinión

Um muro

Já há data para o julgamento das doze militantes independentistas de Ceivar e Causa Galiza processadas na chamada “Operación Jaro”. Decorrerá na Audiência Nacional nos próximos dias 19, 20 e 21 de outubro.

Um processo judicial que com certeza constatará mais umha vez a carência das mínimas garantias que possibilite umha defesa ajustada às normas básicas de direito internacional. Como cada vez que o soberanismo galego é julgado no Tribunal de Ordem Pública espanhol semelha que a sentença está já escrita e pretende ilegalizar umha parte do independentismo organizado. Condenas de 4 a 12 anos, a suspensom de direitos civis e laborais das pessoas processadas e umha extorsom económica coletiva de 348.000€ é a portagem que a Fiscalia espanhola acha que deve pagar desta volta a dissidência política na Galiza.

O julgamento chega num contexto de crise sistémica acelererada pola crise sócio-sanitária provocada pola Covid19. Numha situaçom em que o povo galego é objeto dum processo de liquidaçom e privatizaçom de serviços públicos, em que se precarizam os direitos laborais e pioram as condiçons de vida da maioria social. Perante isto, o Estado espanhol nom vai duvidar em reprimir e judicializar toda aquela conflitividade social ou sindical que questionar o status quo do corrupto regime emanado de 36 e de 78.

Hoje mais que nunca, precisamos de construir um muro popular de solidariedade contra a repressom para frear a demofobia espanhola.

Hoje mais que nunca, toca estar com as doze pessoas processadas.

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