Opinión

Txema in memoriam

Lembranças de bairro em meados dos oitenta, inícios dos noventa. Três geraçons partilhavam “a pista”. Éramos de Sartanha. Entre “los mayores” estava o Txema. Grenhas e camisolas heavies. O Txema sempre foi, junto ao Gus, dos que mais empatia tinha connosco, os pequenos. Graças a ele figem os meus primeiros “business”. Passava-me os cartazes de Eddy, o dos Iron Maiden, da MetalHammer ou da HeavyRock,  para eu fotocopiar em Cabido e depois vende-los na escola. Ainda saquei umhas pesetas para comprar o bolinho no recreio.

Txema foi dos primeiros do bairro a falar em galego. Estudou interpretaçom, marchou a Madrid e no bairro flipamos quando o vimos em “Compañeros” ou no “Comisário” com o mítico “Medrano vive”. Como lim por aí “artista por amor às artes”. Deu aulas de teatro a crianças com necessidades especiais ou pessoas idosas. Tinha um coraçom enorme. Um dos bons e generosos.

Era tam anarquista que, como dizia, sabotava-se a ele mesmo. Antifa, comprometido com multidom de causas, desde a solidariedade com as presas políticas até as okupas. Onde se precisava, lá estava o Bitxobola com a sua guitarra para tocar de graça, às vezes nem polo deslocamento. Sempre no  teu repertório essa versom do “Ergue-te” de Xenreira que me dedicavas desde aquele dia que me detivo a Guarda Civil.

O Txema era dessas pessoas que sempre estám quando precisas delas. Das que dam a cara como um irmao. Quero-te amigo. Que a terra che seja leve!

Comentarios