Opinión

TodoEmGalego

Nestes dias estamos a ver nas redes, sob o hashtag #NaMinhaCasaTodoEmGalego, umha iniciativa em que famílias visualizam a utilidade na galeguizaçom das suas crianças de pertencerem à mesma comunidade lingüística que brasileiras ou portuguesas. Nos vídeos podemos ver como se comunicam com Siri em galego, brincam com apps ou desfrutam do Netflix na nossa língua.

Poderemos discutir o papel que para nós podem ter os recursos tenológicos, literários, audiovisuais… daqueles países em que a nossa língua é de uso plenamente normalizado e oficial, mas algum deve ter, nom?

Precisamente é disso que se sente falta quando se iniciam campanhas de “galeguizaçom”. Inconscientemente,  mantém-se nestas reclamaçons os tiques do isolacionismo, colocando-nos no mesmo plano que outras comunidades desnormalizadas, ao evitar chamar a utilizar a existência de todo um caudal de recursos no nosso idioma, que nos daria acesso a conteúdos tam numerosos e variados como os espaços culturais mais potentes, tais como o espanhol ou o inglês.

Com certeza precisamos a opçom galega contra o hegemónico espanhol, mas enquanto esta nom chegar, o lógico será reclamarmos e aproveitarmos a opçom brasileira. Mas também cumpre interiorizar as cartas que pode jogar a aposta reintegracionista no futuro da nossa língua. Lembremos Carvalho Calero, que reivindicou “a fortuna histórica do galego”, que nom tiverom euskara ou catalám, precisamente em funçom da projeçom internacional do nosso idioma. Aproveitemo-la.

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