Opinión

Sputnik V

No passado dia 27 de dezembro, Neves Cabo convertia-se na primeira galega a ser vacinada contra a COVID-19 no nosso país. Apenas dous meses depois desde o início da campanha de vacinaçom, a falta de doses abriu umha crise de enormes proporçons na Uniom Europeia, perante a especulaçom das grandes multinacionais farmacêuticas, como Pfizer e AstraZeneca, que já anunciárom que nom cumprirám as entregas de vacinas a que se tinham comprometido contratualmente. 

Contratos segredos que envolvêrom o finaciamento destas farmacêuticas com mais de 2.700 milhons de euros públicos para investigaçom, desenvolvimento e compra antecipada de vacinas.

Enquanto continua a morrer gente, na Galiza já nos aproximamos das 1.800 pessoas vítimas da covid, a UE autolimita as aquisiçons às vacinas NATO, como corretamente batizou o deputado do BNG Néstor Rego. E, como nom, o governo mais progressista da história de Espanha fica caladinho e à espera de ordens dos amos europeus.

E preciso diversificar as opçons e que o Estado espanhol, tal é como já fijo a Hungria, adquira as vacinas russas e chinesas. A prioridade deve ser salvar vidas e nom as questons políticas e geoestratégicas que marca a agenda do imperialismo. 

Nos dias de hoje, só o BNG e o PCP apostárom publicamente nesta linha. Surpreende o silêncio doutras forças de esquerda, com certeza mais preocupadas com o “autoritarismo” dos países de procedência das vacinas. Nom se vaiam enfadar os opositores em Hong Kong, Bielorrússia ou no Tibete.

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