Opinión

A semente de hoje, o galego de amanhá

Há dias, um jornal espanhol recolhia o último informe do Conselho da Europa a respeito da situaçom do galego, com destaque para a cada vez menor quantidade de galegofalantes em idade escolar. Para qualquer pessoa com um mínimo de preocupaçom com a língua, estes dados nom chamam a atençom. Na saída dumha escola, num parque, na sala de espera da pediatra, no dia a dia… quantas crianças podemos ouvir comunicarem-se em galego? Só umha em cada quatro menores de 15 anos sabe fala-lo. A situaçom é de emergência nacional, mas para os milhares de sociolingüísticas que conta este país o preocupante é que um deputado respondeu com um “obrigado” e nom com o isolacionista “grazas”, ou um mais gallego “Graciñas”. Já por nom perder tempo em debates sobre se galego e português som a mesma língua.

A sobrevivência do galego vai ligada à construçom do nosso projeto nacional e este nom existirá sem relevo geracional. Sem umha infáncia que fale, aprenda e brinque em galego. Com umha sociedade que nom concede à língua a transcendência que tem e com a radicalizaçom dos posicionamentos galegófobos o futuro da língua será desolador. Necessitamos escolarizaçom em galego e, lamentavelmente, o ensino público sob administraçom espanhola nom nos garante isso. Podemos continuar a laiar-nos ou seguir o caminho de quem decidiu dar passos avante sem esperar por “salvadores supremos”. É por isso que o soberanismo tem que asumir a importáncia do projeto educativo das Escolas Semente, porque umha infáncia que nom fala em galego e nom compreende o galego é umha infáncia sem consciência de ser galega.

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