Opinión

Peleteiro

E com o bronze de Ana Peleteiro chegou a polémica dentro do soberanismo galego. Estamos a celebrar as vitórias espanholas? Em palavras da de Ribeira, “toda a medalha é galega”. 

Acontece que a Galiza, apesar de ser umha potência olímpica com mais de cem anos de história, desde que em Amberes 1920 Gil, Otero e Ramón González colaborárom na medalha de prata para a seleçom espanhola de futebol, sempre viu negada o seu direito a competir. Em Tóquio som 21 as galegas que concorrem sob bandeira espanhola e que se vem impedidas de defender a Galiza. Eis o resultado da falta de soberania. 

Com certeza, desfrutar e parabenizar-nos das vitória de Portela ou Peleteiro pode ser umha contradiçom, mas nom deixa de ser um erro nom reivindicar os êxitos do nosso desporto nacional enquanto temos o país por construir.

E haverá ainda quem insista no “é que o celebrou com a rojigualda”. Para além do indubitável valor simbólico, mudaria algo se o figesse com a Bandeira da Pátria?, a medalha continuaria a ser espanhola. E enquanto Cuba reivindica o trabalho (em Espanha) de Pedroso com Yulimar e Peleteiro, nós renunciamos às nossas melhores atletas porque o de “defender o galego é mui folclórico mas depois nom mostra a estreleira”.

Em resumo, menos idealismo moralista,  evitemos exigir a Peleteiro o que nom conseguimos atender como povo (incluídos os círculos mais ideologizados) e avancemos na criaçom de consciência nacional para mais cedo que tarde desfrutar do patriotismo das nossas atletas.

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