Opinión

Naçom

Faziam-se esta semana quarenta anos da promulgaçom do Estatuto de Autonomia, atualmente em vigor na Comunidade Autonoma Galega, que nom na totalidade da Galiza. Um texto que nascia sob o guarda-chuvas do Regime de 78 e cozinhado polos continuadores do franquismo.

Um Estatuto aprovado, sem nengum tipo de legitimidade, com umha abstençom de 71,80% das galegas e o rejeitamento do soberanismo. Quatro décadas em que o resultado da aplicaçom do quadro constitucional e estatutário para a Galiza só pode ser qualificado de desastroso.

Nengum dos problemas estruturais do nosso povo foi resolvido nestes quarenta anos, antes ao contrário. Colocou-nos numha situaçom de crise nacional que pom em autêntico risco a continuidade material e simbólica da nossa naçom. Um Estatuto que evita o reconhecimento dos nossos direitos como povo e dá continuidade à agenda económica marcada polo capitalismo. Mas também nom devemos enganar-nos, nengumha reforma estatutária servirá para nos dotar do quadro jurídico que garanta essa sobrevivência como povo e a construçom dum modelo económico ao serviço da classe trabalhadora. A única via é a ruptura democrática e um processo constituinte.

Em definitivo, apostemos sem medo na construçom da República Galega. Mas com certeza temos um importante trabalho por diante: seguir ganhando massa autodeterminista que decante essa ruptura. É estratégico somar sectores hoje alheios a qualquer projeto soberanista mas devemos ser mais. Muitos e muitas mais.

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