Opinión

Mártires

Há 84 anos, toda umha geraçom de galegas foi assassinada e represaliada pola barbárie franquista, provocando o holocausto galego.

Como lembrança em 1942, a Irmandade Galega em Buenos Aires instaurava 17 de agosto como Dia da Galiza Mártir, coincidindo com a data em que em 1936 Alexandre Bóveda era passado polas armas no Monte da Caeira, convertendo-o em símbolo da memória histórica galega.

No dia seguinte a Bóveda, Jaime Quintanilha era fusilado junto a outros vizinhos de Ferrol, no Cemitério de Canido. O galeguista e antifascista ferrolano é um dos “esquecidos” na memória (às vezes seletiva) do nosso soberanismo. Talvez a sua militáncia no PSOE pese mais que o que ele expressasse posiçons soberanistas antes de existir o chamado nacionalismo contemporáneo; ou que fosse dirigente da esquerda operária ferrolana; ou arquiteto do nacionalismo cultural galego em Ferrol antes de 1936.

Para a reflexom, este texto, da sua autoria, e nitidamente independentista, publicado no Dia da Pátria de 1922 no Boletín Mensual da Irmandade Nazonalista Galega.

Os nazonalistas galegos éramos, fai catro ou cinco anos, autonomistas. Coidábamos de boa fe que á Galiza abondáballe coa Autonomía. Os nazonalistas galegos de hoxe xa non somos autonomistas. Coidamos de boa fe que á Galiza non lle abonda coa Autonomía. ¿Que queremos, pois, os nazonalistas galegos? Queremos a independenza de Galiza; a sua compreta e absoluta libertade. [?].

É de justiça recuperar a memória de todas as que contribuírom para a construçom nacional deste país.

Comentarios