Opinión

Greve geral

Neste 10 de março, em que comemoramos o Dia da Classe Obreira Galega, decorria umha necessária (mas insuficiente) jornada de greve geral nas comarcas de Trasancos, Eume e Ortegal. Umha zona gravemente golpeada desde há mais de quarenta anos por umha crise sociolaboral permanente e cada vez mais agudizada, em que há responsáveis: os diferentes governos em Madrid, a Junta do PP e a UE. Sem esquecer o papel cúmplice de CCOO e UGT.

Desde a reconversom do setor naval levada avante polo governo espanhol de Felipe González e as posteriores reduçons de pessoal com governos do PSOE e o PP em Madrid, levárom por diante milhares de postos de trabalho diretos nos estaleiros da ria de Ferrol. Lá onde algum dia chegou a haver 16.000 trabalhadoras nos quadros de pessoal de Bazán e ASTANO, agora ficam pouco mais de duas mil e trescentas. Poligal, Noa, Galiza Textil, Gamesa, Endesa, Cándido Hermida, Gabadi, a indústria auxiliar de Navantia… vam somando-se à listagem de empresas que depois de anos de se lucrarem da força de trabalho das e dos nossos vizinhos e, em muitos casos, receberem dinheiro público, deixam ao abandono centenas de famílias da comarca.

Porém, quem ainda "tem a sorte" de trabalhar nom podemos esquecer que nom tem garantias de que seja numhas condiçons dignas, especialmente a juventude e as mulheres.

O êxito da greve geral de ontem deve ser o início dumha estratégia de luita e mobilizaçom de massas, pois só assim evitaremos mais recuos nas nossas precárias condiçons de vida.

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